O SALMO 56 E A DELIBERADA ESCOLHA EM CONFIAR NO SENHOR
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
11\01\2024
TÍTULO
O
SALMO 56 E A DELIBERADA ESCOLHA EM CONFIAR NO SENHOR
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontrará no Salmo 56 mais um dos chamados salmos de
lamentação, onde encontramos o salmista enfrentando o perigo iminente de ser
destruído por seus inimigos, sejam eles exércitos invasores ou compatriotas
desgostosos, também como enfermidades e calamidades que possam se lançar sobre
ele. A tradição judaica liga o quinquagésimo sexto salmo aos acontecimentos
relatados no vigésimo primeiro capítulo do primeiro livro do profeta Samuel,
ocasião em que foi necessário que Davi se retira-se ao território do rei Aquis,
em Gate, a fim de fugir da severa perseguição do rei Saul contra sua vida. Este
Salmo nos permite contemplar a alma atribulada de Davi, ora varrido por ondas
de temor, ora fortalecido pela fé no Senhor. Faremos bem em atentarmos para
esta profunda experiencia provada pelo homem segundo o coração de Deus.
Os versos iniciais deste
Salmo nos permitem perceber a difícil condição enfrentada pelo salmista, assim
como seu inabalável propósito de buscar primeiramente ao Senhor em toda e
qualquer dificuldade, quando nos diz “TEM misericórdia de mim, ó Deus,
porque o homem procura devorar-me; pelejando todo dia, me oprime. Os meus inimigos procuram devorar-me
todo dia; pois são muitos os que pelejam contra mim, ó Altíssimo” (versos 1,2). São descritas aqui três formas
de pavor que os inimigos do salmista procuram lançar sobre ele, no verso um é
citado a opressão diária enfrentada por ele, no verso dois o constante
espreitar de seus passos, revelado na expressão “Os meus inimigos procuram
devorar-me todo dia”, e no verso cinco o salmista diz que seus inimigos “Todos
os dias torcem as minhas palavras”, procurando assim incrimina-lo aos olhos
de seu povo. O verso seis descreve de forma vivida a desgastante experiência
enfrentada pelo servo do Senhor, assim descrita “Ajuntam-se, escondem-se,
marcam os meus passos, como aguardando a minha alma”.
Não devemos, pois, pensar que apenas de fraquezas e tribulações vivia o
salmista, há neste salmo evidências claras da graciosa operação de Deus em seu
favor, fortalecendo a alma do homem perseguido, como descrito no verso três “Em
qualquer tempo em que eu temer, confiarei em ti”. Esta coragem demonstrada
por um homem fugitivo somente pode ser encontrada no caráter e fidelidade de
Deus a suas promessas, exprimindo a confiança que Deus é mais poderoso do que
qualquer inimigo que possamos enfrentar. Tal confiança é expressa pelo salmista
ao dizer “Em Deus louvarei a sua palavra, em Deus pus a minha confiança; não
temerei o que me possa fazer a carne” (verso 4). É real que a impiedade dos
homens pode conferir muitas dores ao fiel, porém jamais colocarão sua alma em
perigo, como bem nos ensinou o Mestre “E não temais
os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode
fazer perecer no inferno a alma e o corpo” (Mateus 10.28). A fé inabalável do salmista também
pode ser contemplada no nono verso quando nos diz “Quando eu a ti clamar, então voltarão para trás os
meus inimigos: isto sei eu, porque Deus é por mim”, tornando impossível aos salvos em Cristo não
se recordar das preciosas palavras do apóstolo Paulo aos romanos “Que
diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra
nós?” (Romanos 8.31).
A grande lição do Salmo 56 reside na deliberada escolha feita pelo
salmista, ele poderia ter se permitido abalar diante de tão grande perseguição
contra si mesmo, desesperando-se diante da força de seus inimigos. Porém se vê que
o servo do Senhor escolheu trilhar o caminho da fé e dependência do Senhor, de
forma que farás bem em dar ouvidos ao que A BÍBLIA VOS DIZ “Em Deus tenho
posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem” (verso 11).
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