O SALMO 59 E O DEUS QUE VEM AO MEU ENCONTRO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
27\01\2024
TÍTULO
O SALMO 59 E O DEUS QUE VEM AO MEU
ENCONTRO
TEXTO
Os atentos leitores das
sagradas Escrituras encontram no Salmo 59 um poderoso alento aqueles que passam
pela fornalha ardente das provações. Reconhecemos no autor deste Salmo um homem
experimentado nas perseguições e ameaças promovidas pelos homens ímpios contra
os servos de Deus, de forma que faremos bem em examinar suas palavras.
Fiel a sua prática de permanecer
na dependência do Senhor quando ameaçado por seus inimigos, o salmista clama “LIVRA-ME, meu Deus, dos
meus inimigos, defende-me daqueles que se levantam contra mim. Livra-me dos que praticam a iniquidade,
e salva-me dos homens sanguinários” (versos 1,2). O salmista proclama também sua inocência diante dos ataques
lançados sobre ele, relatando a Deus sua condição “Pois eis que põem ciladas à minha alma; os fortes se ajuntam contra
mim, não por transgressão minha ou por pecado
meu, ó Senhor. Eles correm, e se preparam, sem
culpa minha; desperta para me ajudares, e olha” (versos 3,4). Ao ressaltar a deslealdade de
seus inimigos o salmista revela a forma como eles procuram amedronta-lo “Voltam à tarde; dão ganidos como cães, e rodeiam a cidade. Eis que eles dão gritos com as suas
bocas; espadas estão nos seus lábios, porque, dizem
eles: Quem ouve?” (versos 5,6).
Ao compara-los a cães raivosos o salmista pretende destacar o ódio incontido de
seus perseguidores, que se comportam como se ninguém percebesse suas reais
intenções malignas e destrutivas.
Diante de tal circunstância o salmista reconhece que a força de seus
inimigos nada pode contra o poder daquele que o sustém “Mas tu, Senhor, te
rirás deles; zombarás de todos os gentios. Por causa da sua força
eu te aguardarei; pois Deus é a minha alta defesa” (verso 8,9). É em meio as ameaças e
demonstrações de ódio de seus inimigos que o salmista proclama sua dependência
do socorro sempre presente do Senhor ao declarar “O Deus da minha misericórdia virá ao meu encontro” (verso 10). Se seus inimigos estavam confiados
no cerco que haviam levantado contra ele, o salmista confiava no Deus capaz de
romper este cerco e desbaratar aqueles que o oprimiam. Sua confiança é tamanha
que ele pede ao Senhor “Não os mates, para que o meu povo não se esqueça;
espalha-os pelo teu poder, e abate-os, ó Senhor, nosso escudo. Pelo pecado da sua boca e pelas palavras dos seus lábios,
fiquem presos na sua soberba, e pelas maldições e pelas mentiras que falam. Consome-os na tua indignação,
consome-os, para que não existam” (versos 11 a 13). O desejo final do salmista é
claro “... e para que saibam que Deus reina em Jacó até aos fins da terra” (verso
13). Ele deseja que tanto seus inimigos como aqueles que contemplaram toda esta
campanha pela sua destruição saibam que seu livramento foi obra exclusiva do
Deus todo poderoso e rendam ao Senhor toda glória.
As palavras finais do salmista revelam a paz provada em meio as ferozes
ameaças lançadas contra ele “Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei
com alegria a tua misericórdia; porquanto tu foste o meu alto refúgio, e
proteção no dia da minha angústia” (verso 16). A figura usada pelo salmista
é emblemática, pois relembra a fúria de seus inimigos ao uivarem contra ele na
escuridão da noite, enquanto ele calmamente aguardava o romper da alva. Mesmo
que as ameaças ainda não tenham sido completamente vencidas, o salmista
abertamente proclama sua segurança e paz no Deus que vem ao seu encontro “A
ti, ó fortaleza minha, cantarei salmos; porque Deus é a
minha defesa e o Deus da minha misericórdia” (verso 17).
Que os salvos descansem na promessa do Salvador que vem ao seu encontro “E
de todos sereis odiados por causa do meu nome. Mas não perecerá um único cabelo da vossa
cabeça” (Lucas 21.17,18).
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