A HISTÓRIA DOS REIS DE ISRAEL: JEÚ

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

23\02\2024

TÍTULO

A HISTÓRIA DOS REIS DE ISRAEL: JEÚ

TEXTO

A vida do décimo rei a ocupar o trono das dez tribos do norte de Israel pode ser usada como exemplo daqueles que possuem muitos defeitos pessoais, cometendo muitos erros em sua jornada, e que, apesar disto, são usados por Deus como seus instrumentos, visando uma boa causa. Assim foi Jeú, filho de Jeosafá e neto de Ninsi, homem cheio de determinação, coragem e audácia, que pela providência divina salvou a Israel de um fatal declínio em direção ao paganismo.

Os propósitos de Deus quanto a vida de Jeú são claramente apresentados por meio do profeta Elias, a quem o Senhor ordenou “Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar. E há de ser que o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu” (1 Reis 19.16,17). Deste este tempo o nome de Jeú sempre esteve associado a matança, pois através dele o Senhor cumpriu seu plano de livrar Israel da ímpia família do rei Acabe e da influência religiosa da adoração de Baal. Estes fatos se iniciaram quando Jeú era o comandante dos exércitos do rei Jorão, tendo o Senhor enviado ao profeta Eliseu a fim de ungi-lo rei de Israel. Enquanto isso, o rei Jorão encontrava-se em meio a combates contra os sírios, tendo fugido para Jizreel devido a seus ferimentos. Indo Jeú encontra-lo em Jizreel, Jorão e Acazias, rei de Judá, saíram a seu encontro, sendo então morto por Jéu, como nos é descrito “Mas Jeú entesou o seu arco com toda a força, e feriu a Jorão entre os braços, e a flecha lhe saiu pelo coração; e ele caiu no seu carro” (2 Reis 9.24). Jeú continuou em direção a Jizreel, a fim de encontrar a ímpia rainha “Depois Jeú veio a Jizreel, o que ouvindo Jezabel, pintou-se em volta dos olhos, enfeitou a sua cabeça, e olhou pela janela” (2 Reis 9.30). Incitados por Jeú, os eunucos da rainha a lançaram pela janela, dando fim a sua vida (2 Reis 9.33).

A matança promovida por Jeú atingiu também os setenta filhos do rei Acabe, a respeito de quem Jeú escreveu aos seus tutores conclamando-os a entronizar um dos filhos do rei no trono, a fim de disputar com ele (2 Reis 10.1 a 3). Os tutores temeram a Jeú, entregando a ele as setentas cabeças dos filhos de Acabe. A violência promovida por Jeú foi ainda além, como lemos “Também Jeú feriu a todos os restantes da casa de Acabe em Jizreel, como também a todos os seus grandes, os seus conhecidos e seus sacerdotes, até não deixar nenhum restante... Jeú achou os irmãos de Acazias, rei de Judá... E eles os apanharam vivos, e os mataram junto ao poço de Bete-Equede, quarenta e dois homens” (2 Reis 10.11,13,14). Por fim, Jeú dizimou também a todos os profetas de Baal, fazendo-os acreditar que prestariam um culto ao seu falso deus, quando então os reuniu e dizimou a todos (2 Reis 10.25).

Mesmo com todo seu esforço, Jeú não conseguiu eliminar a adoração aos bezerros de ouro estabelecidos pelo rei Jeroboão, razão pela qual o Senhor começou a encurtar os termos de Israel (2 Reis 10.32). Porém, em recompensa pelo que fez, foi prometido a Jeú que sua dinastia se estenderia por quatro gerações, o que se cumpriu após sua morte, como nos é dito “E Jeú dormiu com seus pais, e o sepultaram em Samaria; e Jeoacaz, seu filho, reinou em seu lugar. E os dias que Jeú reinou sobre Israel, em Samaria, foram vinte e oito anos” (2 reis 10.35,36).