AS QUALIDADES DE UMA PESSOA MODERADA
DEVOCIONAL
DIÁRIO
11\02\2024
TÍTULO
AS QUALIDADES DE UMA PESSOA MODERADA
TEXTO
O
adjetivo grego epios encontra
nas palavras moderado e gentil seus principais sinônimos na língua portuguesa.
Os escritos gregos utilizavam este adjetivo a fim de referir-se a uma ama que
cuidava de crianças irritadiças ou mesmo de um professor que enfrentava uma
classe de alunos descontrolados. Em sua epístola aos tessalonicenses o apóstolo
Paulo usa desta ideia a fim de referir-se a conduta dele e de seus companheiros
para com os crentes em Tessalônica “Antes fomos
brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos” (1Tessalonicenses
2.7). Paulo também se utiliza desta figura para ilustrar a conduta esperada dos
servos do Senhor “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser
manso para com todos, apto para ensinar, sofredor” (2 Timóteo
2.24).
Já
quando unimos as frações gregas epi
e eikos o
adjetivo denota uma pessoa decente, decorosa, alguém moderado, que não insiste
nos extremos da lei e que olha de maneira humana e racional para os fatos a sua
frente. Em sua epístola aos filipenses o apóstolo Paulo usa este adjetivo a fim
de referir-se a alguém que reage com uma doce racionalidade as circunstâncias
que o cercam, mesmo diante de pressões e provocações que poderiam o levar ao
desequilíbrio “Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o
Senhor” (Filipenses 4.5). Escrevendo a Timóteo o apostolo
Paulo a usa como credencial que deve ser presente no caráter pastoral, de forma
a evitar que o líder do rebanho proceda de maneira contenciosa “Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância,
mas moderado, não contencioso, não avarento” (1
Timóteo 3.3). Ao escrever a Tito, o apóstolo usa desta expressão a fim de
qualificar a conduta dos salvos diante das pessoas deste mundo “Que a ninguém infamem, nem sejam
contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens” (Tito
3.2).
Outros
dois autores bíblicos se utilizam deste adjetivo a fim de instruir seus
ouvintes, como o faz Tiago, ao demonstrar que a sabedoria que vem do alto é
também moderada, cheia de consideração pelos demais e gentil, qualidade que os
homens facciosos e ambiciosos não possuem “Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois
pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem
parcialidade, e sem hipocrisia”
(Tiago 3.17). Também o apóstolo Pedro a utiliza ao
referir-se a conduta dos salvos que eram escravos em seu tempo. Pedro lhes diz
que deveriam ser sujeitos mesmo a senhores que demonstravam não ser moderados
em sua conduta “Vós, servos, sujeitai-vos
com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos
maus” (1 Pedro 2.18).
Em
todos estes exemplos que citamos, encontramos o principio que a pessoa de
caráter moderado o expressa por meio de seu procedimento para com seus
semelhantes, principalmente quando estes se mostram descontrolados e
impacientes diante das circunstâncias. Ao referir-se a Jesus em sua segunda
epístola aos coríntios Paulo assim o diz “... vos rogo, pela mansidão e
benignidade de Cristo” (2 Coríntios 10.1). Paulo usa desta
expressão a fim de demonstrar seu desejo de comportar-se de forma humilde entre
eles, apesar de todas as acusações que lhe dirigiam.
Assim, o homem moderado
servirá como um ponto de equilíbrio diante do tão desequilibrado mundo onde
vivemos, evitando que discórdias e disputas se prolonguem desnecessariamente, e
conduzindo outros a edificação.
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