O ANÚNCIO DO MINISTÉRIO DE JESUS
DEVOCIONAL
DIÁRIO
09\02\2024
TÍTULO
O ANÚNCIO DO MINISTÉRIO DE JESUS
TEXTO
Fiel
a seu estilo conciso e direto, após intitular sua obra como “Princípio do evangelho de Jesus
Cristo”, João Marcos trata de
demonstrar como este grandioso evangelho está inserido na história do trato de
Deus para com o povo judeu. João Marcos não rompe com o passado, como se a
vinda de Jesus representasse uma ruptura entre o antigo e o novo, entre o que Deus
fizera no passado e aquilo que Ele estava disposto a fazer no presente.
Quatrocentos anos de silêncio por parte de Deus imperavam quando Jesus surgiu,
de forma que o objetivo de Marcos logo em suas primeiras palavras é anunciar
que Deus continuava falando por meio de seus profetas, como fizera no passado.
Por isso, a ligação entre o antes e o agora é feita por meio de realçar aquilo
que os profetas haviam anunciado, demonstrando que o evangelho de Jesus Cristo
não era uma ruptura na história judaica, mas sim seu ponto culminante, “Como está escrito nos profetas: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua
face, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Voz do que clama no deserto: Preparai o
caminho do Senhor, endireitai as suas veredas” (versos 2,3).
O texto citado por
Marcos é a junção de duas porções contidas nos escritos proféticos. A primeira
parte deste verso é retirada do livro de Malaquias capítulo 3 verso 1,
exatamente o último escrito profético antes da vinda de Jesus, e que ressalta a
promessa de Deus a seu povo de que ele viria ao encontro deles “EIS que eu envio o meu mensageiro,
que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o
Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis
que ele vem, diz o Senhor dos
Exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele
aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o
sabão dos lavandeiros. E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os
filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata” (Malaquias 3.1 a 3). A citação de Isaías capítulo 40 verso 3
encontra-se no contexto do cativeiro babilônico, onde Deus promete a seu povo
que voltaria a restaura-los ao seu favor, “CONSOLAI,
consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalém, e bradai-lhe que já a
sua milícia é acabada, que a sua iniquidade está expiada e que já recebeu
em dobro da mão do Senhor,
por todos os seus pecados. Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a
nosso Deus. Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o
outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, e o que é áspero se
aplainará. E a glória do Senhor se
manifestará, e toda a carne juntamente a verá, pois a boca do Senhor o disse” (Isaías 40.1 a 3).
Ao lançar mão destes
dois escritos proféticos, João Marcos deseja nos demonstrar que Deus não
esquecera de seus benditos propósitos para com seu povo. O momento culminante
da ação de Deus havia chegado, e agora Israel devia se preparar para conhecer
seu Salvador. Reconheçamos que Deus também age assim para conosco, de forma que
seu aparente silêncio é muitas vezes subitamente interrompido, a fim de revelar
a nós seu Filho. Que seu coração esteja pronto para ouvir a voz de Deus.
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