O PRECURSOR DO MINISTÉRIO DE CRISTO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
16\02\2024
TÍTULO
O PRECURSOR DO MINISTÉRIO DE CRISTO
TEXTO
Jamais
pensemos que os relatos bíblicos possuem unicamente a função de nos informar
dos acontecimentos que se deram quando da vinda do Salvador, tais relatos visam
um fim superior ao qual devemos nos atentar.
A
descrição feita por João Marcos da figura, mensagem e propósito de João Batista
deve nos chamar a atenção por sua forma contida e direta em relatar o que a
nação de Israel viu naqueles dias
“E João andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em
redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre. E pregava, dizendo: Após mim vem aquele
que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a
correia das suas sandálias. Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará
com o Espírito Santo” (Marcos 1.6 a 8).
Primeiramente notemos
que Marcos contem-se a detalhes específicos quanto as vestes e a alimentação de
João, dizendo que ele “andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em redor de
seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre”. Se João fosse uma figura de nossos dias, certamente seria rotulado como
um homem no mínimo excêntrico, porém reconheçamos que suas vestes e alimentação
estão de acordo com o inóspito lugar em que residia, o deserto. Suas roupas
eram rústicas e simples, seu alimento característico do deserto, que somados,
revelavam um homem cujo espírito revelava o julgamento prestes a ser derramado
sobre os valores cultivados por sua nação. Em João Deus revelava que a
aparência exterior da religião judaica não era capaz de produzir o que eles
realmente necessitavam.
Outro ponto essencial
da descrição empreendida por Marcos atenta para a mensagem anunciada por João, “E
pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não
sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas sandálias”. Sua
mensagem era clara, o homem que se manifestaria após ele o sobrepujava em força
e honra, fato que de modo nenhum envergonhava ou constrangia o mensageiro do
deserto. João era reputado como um profeta, o que por si só gerava no povo um
espírito de temor e reverência, e Marcos usa deste fato a fim de destacar que
João, reconhecido por eles como um homem enviado por Deus, reconhecia que Jesus
Cristo era infinitamente superior a ele. A narrativa destas verdades tinha como
propósito conduzir aquelas pessoas a reconhecerem que o servo sofredor, que
havia dado sua própria vida em prol deles, era verdadeiramente o Filho de Deus.
Finalmente, Marcos
registra o grandioso testemunho de João quanto ao ministério inigualável de
Jesus, “Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos
batizará com o Espírito Santo”. O batismo de João era com água, ou seja,
era um símbolo externo de uma verdade maior, porém incapaz de produzir
verdadeira mudança naqueles que lhe prestavam obediência. Aquele que viria após
João os batizaria com o Espírito Santo, produzindo neles uma transformação
genuína e profunda, incutindo neles o poder capaz de regenera-los. Assim João
declara que Jesus era superior a ele em seu poder e ofício, introduzindo os
fabulosos anos em que o Filho de Deus realizaria entre eles sinais
inigualáveis.
Ao nos relatar tais
verdades, o propósito de João Marcos não é meramente nos informar, mas
principalmente nos despertar a fé. O relato de João Batista deve nos convencer
que grandiosidade de Jesus, que não pode ser negada por aqueles que a
contemplaram e registraram a fim de que nós também o conhecêssemos.
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