O SALMO 60 E A GRANDE PROMESSA DE DEUS A NAÇÃO DE ISRAEL
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
01\02\2024
TÍTULO
O SALMO 60 E A GRANDE PROMESSA DE DEUS
A NAÇÃO DE ISRAEL
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontra no Salmo 60 uma perfeita metáfora dos dias de
perda e pessimismo aos quais estão abertamente expostos até mesmo os salvos em
Cristo. Poucos são aqueles que podem testemunhar que em suas longas jornadas
não enfrentaram dias dos quais preferem se esquecer, ao passo que uma multidão
de filhos de Deus testemunha aquilo que também o salmista reconhece: é em meio
aos mais tenebrosos dias que aprendemos a verdadeiramente confiar no Senhor e
contemplamos seus gloriosos feitos, como acontecerá com a nação de Israel muito
em breve.
Diferente de outros
salmos de lamentação, introduzidos normalmente com súplicas e rogos de socorro,
este salmo inicia com uma comovente declaração de aflição nacional, comparado
por muitos estudiosos a um canto fúnebre, tamanha a dor provada pelo povo de
Deus, como nos diz o salmista “Ó DEUS, tu nos rejeitaste, tu nos
espalhaste, tu te indignaste; oh, volta-te para nós. Abalaste a terra, e a
fendeste; sara as suas fendas, pois ela treme. Fizeste ver ao teu povo coisas árduas;
fizeste-nos beber o vinho do atordoamento” (versos 1 a 3). Elohim, o Deus de Israel, havia permitido que seu
exército fosse derrotado e espalhado como uma presa em fuga. Para o salmista
não havia dúvidas de que a causa de tão vergonhosa e terrível derrota se
encontrava no Senhor, comparando a estonteante derrota com os efeitos de um
terremoto, abalando a terra e abrindo brechas em seu solo, deixando seu povo
como ébrios. O verso 4 nos apresenta uma figura interessante ao dizer “Deste
um estandarte aos que te temem, para o arvorarem no alto, por causa da verdade”.
A figura usada aqui é de um exército em fuga, agrupando-se ao redor de sua
bandeira, enquanto tenta escapar do cruel inimigo. Não há imagem mais
deprimente quando pensamos que este povo que foge é o próprio povo de Deus,
restando a eles clamarem pelo socorro aos sobreviventes “... salva-nos
com a tua destra, e ouve-nos” (verso 5).
Buscando forças aonde pudesse encontra-las, o salmista se recorda das
promessas do Senhor a seu povo, recordando a forma como Deus havia predito que
Israel conquistaria o território de seus inimigos, dizendo “Deus falou na
sua santidade; eu me regozijarei, repartirei a Siquém e medirei o vale de
Sucote. Meu é Gileade,
e meu é Manassés; Efraim é a força da minha cabeça; Judá é o
meu legislador. Moabe é a minha bacia de lavar; sobre Edom lançarei o
meu sapato; alegra-te, ó Filístia, por minha causa” (versos 6 a 8). Esta promessa continha grandes
coisas, mas que diante do quadro atual de derrota e desolação se assemelhava a
uma tremenda zombaria, uma vez que seus inimigos os pisavam e o povo de Deus
era severamente humilhado.
O salmo 60 se encerra com um novo apelo a Deus para que seja o guia de
seu povo na luta contra seus inimigos, ao dizer “Quem me conduzirá à cidade
forte? Quem me guiará até Edom?” (verso 9). A cidade de Petra, capital de
Edom, era uma fortaleza inexpugnável que dificilmente poderia ser conquistada,
a não ser que Deus se colocasse novamente como guia de seu povo, como diz o
salmista “Não serás tu, ó Deus, que nos tinhas rejeitado?
Tu, ó Deus, que não saíste com os nossos exércitos?” (verso
10). É neste apelo que finalmente encontramos a razão da vergonhosa derrota do
povo de Deus, ao reconhecer “Dá-nos auxílio na angústia, porque vão é o
socorro do homem” (verso 11). Eles haviam depositado sua confiança no braço
de homens e Deus os havia permitido provar da estultícia de sua má escolha.
Despertos pela grande derrota, o povo de Deus volta a clamar confiantemente por
seu líder e libertador, dizendo “Em Deus faremos proezas; porque ele
é que pisará os nossos inimigos” (verso 12).
Muito em breve este mundo contemplará como Deus conduzirá a pequena nação
de Israel a este grande feito.
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