O SALMO 61 E A ROCHA MAIS ALTA QUE EU
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
15\02\2024
TÍTULO
O SALMO 61 E A ROCHA MAIS ALTA QUE EU
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontra no Salmo 61 um chamado a confiança no Senhor.
Pouco nos é dito a respeito das circunstâncias descritas neste salmo, porém
podemos inferir de suas palavras que foi escrito por um rei (verso 6) que
encontrava-se longe de sua casa (verso 2), o que nos permite pensar em Davi
quando da rebelião comandada por seu filho Absalão.
A semelhança dos demais
salmos de lamentação, também aqui encontramos uma característica marcante do
salmista logo em seu primeiro verso “OUVE, ó Deus, o meu clamor; atende à
minha oração” (verso 1).
Mesmo que não possamos identificar com certeza as circunstâncias que o
envolviam, seu apelo ao Senhor diante das dificuldades que enfrentava o
caracterizam como um homem que deposita sua confiança unicamente no Senhor. Seu
clamor permite que percebamos que aquilo que lhe atribulava o coração devia-se
ao fato de estar longe de seu lar, de onde clama pelo socorro do Senhor “Desde
o fim da terra clamarei a ti, quando o meu coração estiver desmaiado” (verso
2). Possivelmente cercado por perigos e circunstâncias que lhe ameaçavam a
vida, o salmista faz a Deus um pedido “leva-me para a rocha que é mais alta
do que eu” (verso 2). Cônscio de sua fraqueza e incapaz de livrar-se a si
mesmo, o salmista clama a Deus comparando-o a uma alta montanha, onde ele se
encontraria a salvo de seus inimigos, como bem declara no verso três “Pois tens sido um refúgio para mim, e uma torre forte
contra o inimigo”.
Notemos também como o
conhecimento de Deus mostra-se precioso ao salmista neste período de lutas e
tribulações, revelado em sua certeza de que o Senhor viria em seu socorro de
forma que ele voltaria a seu lar e ao privilégio da presença na casa do Senhor
ao dizer “Habitarei no teu tabernáculo para sempre” (verso 4). A linguajem usada a seguir aponta
para sua confiança na bondade de Deus para com ele, que o sustentaria de forma
paternal
“abrigar-me-ei no esconderijo das tuas asas” (verso 4). Esta certeza trouxe ao salmista a
tranquilidade que necessitava, o persuadindo do cuidado do Senhor e acalmando
seu coração “Pois tu, ó Deus, ouviste os meus votos; deste-me a
herança dos que temem o teu nome” (verso 5). As muitas ameaças a sua vida o
haviam feito perder a esperança, mas agora que o socorro está a caminho o
salmista declara sua exultante confiança “Prolongarás os dias do rei; e os seus anos serão como
muitas gerações” (verso 6).
O salmista revela-se um homem cônscio dos muitos perigos que lhe rodeavam,
não ignorando os muitos inimigos que lhe cercam, porém, sua vida de constante
comunhão com o Senhor lhe permite confiar que esta jornada jamais poderá ser
interrompida, pois diz “Ele permanecerá diante de Deus para sempre” (verso
7). Tal convicção é fruto que jamais foram seus méritos que levaram o Senhor a
sustenta-lo, mas sim a misericórdia e verdade de um Deus que lhe sustentarão
agora e para sempre. Como mais poderia o salmista reconhecer esta imensa
demonstração de misericórdia por parte de Deus do que lhe rendendo seu louvor e
revelando sua gratidão “Assim cantarei louvores ao teu nome perpetuamente” (verso
8). Nesta demonstração o salmista vai além das palavras, revelando que a
totalidade de sua vida estava envolvida nesta questão, dizendo “para pagar
os meus votos de dia em dia” (verso 8).
Há uma preciosa lição ao salvos
neste salmo, fazendo-nos olhar para o Senhor em meio as muitas tribulações que
nos cercam, reconhecendo que Deus é capaz de nos elevar “a rocha que é mais
alta do que eu” (verso 2), Jesus Cristo, nosso salvador.
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