O SALMO 62 E O CHAMADO A CONFIARMOS NO SENHOR

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

18\02\2024

TÍTULO

O SALMO 62 E O CHAMADO A CONFIARMOS NO SENHOR

TEXTO

O atento leitor das sagradas Escrituras encontra no Salmo 62 um tom de confiança e encorajamento muito úteis aqueles que procuram lançar sua confiança sobre o todo-poderoso Deus. Diferente dos salmos de lamentação, os salmos de confiança exprimem a esperança na capacidade de Deus em ajudar seu povo, reconhecendo os recursos ilimitados possuídos por Deus e sua disposição em socorrer os aflitos. Examinemos, pois, esta preciosa verdade.

Primeiramente, não imaginemos que o salmista se encontrava completamente livre daqueles que desejavam seu mal. Os versos três e quatro nos revelam que em momento algum os ímpios lhe concediam um momento sequer de paz, como nos diz “Até quando maquinareis o mal contra um homem? Sereis mortos todos vós, sereis como uma parede encurvada uma sebe prestes a cair. Eles somente consultam como o hão de derrubar da sua excelência; deleitam-se em mentiras; com a boca bendizem, mas nas suas entranhas maldizem” (versos 3,4). Seus inimigos estavam o difamando através de mentiras, procurando manchar sua reputação, mostrando-se amigáveis enquanto procuravam seu mal. Quão necessário é que os salvos entendam que a confiança no Senhor é exercida em meio a oposição do mal contra os filhos de Deus.

É importante também que reconheçamos as razões pelas quais o salmista se mostrava confiante no Senhor. No primeiro verso ele nos diz que “dele vem a minha salvação” (verso 1). A expressão “Só ele é a minha rocha” é repetida nos versos 2 e 6, enquanto que no verso 7 nos diz “a rocha da minha fortaleza” demonstrando que sua confiança no Senhor era baseada no reconhecimento de que Deus não pode ser abalado pelas forças do mal. Encontramos também no verso 2 o salmista a dizer que Deus é a minha defesa” e no verso 5 “porque dele vem a minha esperança”. Sua confiança no poder do Senhor é revelada em seu reconhecimento “que o poder pertence a Deus” (verso 11), como também que “A ti também, Senhor, pertence a misericórdia” (verso 11). A confiança do salmista não era algo abstrato ou irreal, mas baseava-se nas verdades que ele reconhecia como pertencentes a Deus.

A seguir, encontramos o salmista a elencar as certezas colhidas de seu conhecimento e confiança no Senhor, como quando nos diz no verso 2 que “não serei grandemente abalado”, reconhecendo que por mais que os homens ímpios possam sacudi-lo com seus ataques, Deus jamais permitirá que ele seja derrubado, como volta a reconhecer no verso 6 ao dizer “Só ele é a minha rocha e a minha salvação... não serei abalado”. Esta confiança no Senhor leva o salmista a proclamar as pessoas a seu redor que também depositem sua confiança nEle, ao dizer “Confiai nele, ó povo, em todos os tempos; derramai perante ele o vosso coração. Deus é o nosso refúgio” (verso 8).

Finalmente, o salmista contrasta a confiança no Senhor com tantas outras questões nas quais os homens tem depositado sua fé, iniciando pelos homens semelhantes a eles, que demonstram serem tão inconstantes quanto todos os outros, como nos revela no verso 9 ao dizer “Certamente que os homens de classe baixa são vaidade, e os homens de ordem elevada são mentira; pesados em balanças, eles juntos são mais leves do que a vaidade”. Da mesma forma, o salmista denuncia a confiança dos ímpios na extorsão praticada contra os humildes, no furto contra os fracos, e nas riquezas obtidas de modo desonesto, dizendo “Não confieis na opressão, nem vos ensoberbeçais na rapina; se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração” (verso 10).

O salmista encerra seu discurso revelando aos salvos a razão porque não devem lançar mão das mesmas estratégias praticadas pelos ímpios a fim de os vencerem, alertando-nos para o fim de todos os homens ao dizer “pois retribuirás a cada um segundo a sua obra” (verso 12). Confiar no Senhor será sempre a única e melhor opção.

 

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