O SALMO 63 E O REGOZIJO DAQUELES QUE CONFIAM NO SENHOR

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

25\02\2024

TÍTULO

O SALMO 63 E O REGOZIJO DAQUELES QUE CONFIAM NO SENHOR

TEXTO

Os atentos leitores das sagradas Escrituras encontram no Salmo 63 uma profunda metáfora tratando da atitude esperada dos servos de Deus enquanto peregrinam por este mundo seco e deserto, forma pela qual o salmista identifica o lugar de sua provisória morada ao dizer a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água” (verso 1). A grande lição deste salmo é permitir que os salvos reconheçam a importância de manter sua vitalidade espiritual mesmo em meio a sequidão deste mundo. Examinemos, pois, as palavras do salmista.

Seu discurso inicia reconhecendo a relação que mantém com o Senhor ao dizer “Ó DEUS, tu és o meu Deus” (verso 1). As agruras deste mundo não foram capazes de quebrar o laço que o une ao Senhor, de forma que sua comunhão íntima com Deus é preservada e desejada, como nos revela “de madrugada te buscarei; a minha alma tem sede de ti” (verso 1). Longe da casa de Deus, resta ao salmista recordar-se de seus momentos na casa de Deus “Para ver a tua força e a tua glória, como te vi no santuário” (verso 2). Mesmo que sua vida atravesse um período de lutas e dificuldades, o salmista reconhece que sua maior necessidade está nas coisas espirituais, ao dizer “Porque a tua benignidade é melhor do que a vida, os meus lábios te louvarão” (verso 3). O salmista reconhece que a bondade de Deus é melhor do que todas as coisas que a vida é capaz de proporcionar, por isso se rende ao Senhor em adoração “Assim eu te bendirei enquanto viver; em teu nome levantarei as minhas mãos” (verso 4).

Os versos 5 a 8 comparam a comunhão com o Senhor a um banquete repleto dos melhores e mais ricos alimentos dos quais um homem pode servir-se, assim como da cama mais repousante e da sombra mais refrescante, capaz de revigorar a alma e encher o coração, manifestado no desejo do salmista “A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; e a minha boca te louvará com alegres lábios” (verso 5). Nem mesmo no repouso da noite o salmista deixa de meditar nas maravilhas de seu Deus “Quando me lembrar de ti na minha cama, e meditar em ti nas vigílias da noite” (verso 6), comparando seu cuidado com as sombras refrescantes e com a proteção debaixo das asas do Senhor “Porque tu tens sido o meu auxílio; então, à sombra das tuas asas me regozijarei” (verso 7). Nestes versos podemos contemplar a alma do salmista se achegando ao Senhor em uma dependência amorosa e consciente, sendo guardado dos perigos e capacitado a enfrentar as lutas em sua vida, como diz “A minha alma te segue de perto; a tua destra me sustenta” (verso 8).

Mesmo que o Salmo 63 seja considerado entre os salmos de confiança, a semelhança de seus pares encontramos também aqui um tom de lamento diante das aflições causadas pelos homens ímpios. Seus muitos inimigos procuravam incessantemente sua morte, porém sua convicção é que tal julgamento caíra sobre eles como resultado de sua própria iniquidade “Mas aqueles que procuram a minha alma para a destruir, irão para as profundezas da terra. Cairão à espada; serão uma ração para as raposas” (verso 9,10). Convicto da recompensa dos justos, o salmista confia que o Senhor lhe concederá o regozijo destinado aos seus ao dizer “Mas o rei se regozijará em Deus; qualquer que por ele jurar se gloriará” (verso 11), assim como receberão o mal aqueles que andam em seus próprios caminhos “porque se taparão as bocas dos que falam a mentira” (verso 11).

O salmista nos ensina que confiar no Senhor sempre será o melhor caminho.

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