O SALMO 64 E O LIVRAMENTO DOS SERVOS DO SENHOR

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

29\02\2024

TÍTULO

O SALMO 64 E O LIVRAMENTO DOS SERVOS DO SENHOR

TEXTO

Salmo 64

Os atentos leitores das sagradas Escrituras encontram no Salmo 64 mais um exemplo pertencente a extensa classe dos salmos de lamentação, sem que nos seja possível determinar a causa específica pela qual o salmista era afligido. De forma geral podemos dividir este salmo em dois momentos, sendo o primeiro deles referente aos versos 1 a 6, quando o salmista narra o ataque de seus inimigos contra ele, e dos versos 7 a 10, onde encontramos o Senhor combatendo em prol de seu servo. Faremos bem, pois, em examinar mais esta verdade.

Fiel não somente a seu estilo literário, mas principalmente a sua conduta de vida, o inicio do Salmo nos apresenta o salmista em sua busca pelo socorro do Senhor, sua primeira atitude quando atacado pelas forças do mal, como nos permite saber OUVE, ó Deus, a minha voz na minha oração; guarda a minha vida do temor do inimigo” (verso 1). Tendo sua vida ameaçada por homens maus e brutais, que, mesmo gozando da companhia do salmista elaboravam planos secretos a fim de destruí-lo, ele pede ao Senhor “Esconde-me do secreto conselho dos maus” (verso 2). Os inimigos do salmista haviam levantado uma insurreição e criado um partido secreto a fim de conspirar contra a sua vida, realizando secretamente reuniões ruidosas, aqui chamadas de tumultos, como vemos no pedido do salmista por livramento ao dizer “e do tumulto dos que praticam a iniquidade” (verso 2). Os versos 3 a 6 descrevem seus inimigos, começando por dizer que eles “afiaram as suas línguas como espadas” (verso 3), ou seja, traçavam planos a fim de destruir o salmista, como também “armaram por suas flechas palavras amargas” (verso 3), usando da calúnia e da difamação como ferramentas de desmoralização do servo de Deus. A tática dos ímpios inclui ferir o salmista por meio de ataques surpresa, usando de emboscadas, como nos diz “A fim de atirarem em lugar oculto ao que é íntegro, disparam sobre ele repentinamente, e não temem” (verso 4). Os pensamentos daqueles homens contemplavam apenas a destruição do servo de Deus, “Firmam-se em mau intento; falam de armar laços secretamente” (verso 5), convictos de que seus planos e atitudes não seriam descobertos “e dizem: Quem os verá?” (verso 5). Finalmente, o salmista revela que o pensamento de seus inimigos era de que seus planos malignos jamais seriam descobertos, garantindo-lhes segurança, como nos diz “Andam inquirindo malícias, inquirem tudo o que se pode inquirir; e ambos, o íntimo pensamento de cada um deles, e o coração, são profundos” (verso 6).

A parte final do Salmo 63 nos permite saber que o plano maligno destes homens ímpios seria realizado com pleno êxito não fosse por uma verdade, eles não eram capazes de esconder-se de Deus, que virá então em socorro de seu servo “Mas Deus atirará sobre eles uma seta, e de repente ficarão feridos” (verso 7). Deus os faria cair em seus próprios e malignos planos, que se voltariam contra eles mesmos, como nos diz o salmista “Assim eles farão com que as suas línguas tropecem contra si mesmos” (verso 8), sendo então revelados a todas as pessoas, e causando temor em quem os soubesse, pois nos diz “todos aqueles que os virem, fugirão” (verso 8). O resultado de tão grande derrota dos homens malignos será que não somente o temor os atingiria, mas que também o nome de Deus seria reconhecido, como lemos “E todos os homens temerão, e anunciarão a obra de Deus; e considerarão prudentemente os feitos dele” (verso 9). O resultado final será que o justo será liberto e sua confiança no Senhor fortalecida “O justo se alegrará no Senhor, e confiará nele, e todos os retos de coração se gloriarão” (verso 10).

A leitura deste Salmo deve levar os salvos a reconhecer aquilo que nosso Deus já realizou pela nação de Israel no passado, como também aquilo que em breve voltará a realizar.

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