MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MARCOS O PODER DE JESUS CRISTO

 


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

30\03\2024

TÍTULO

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MARCOS O PODER DE JESUS CRISTO

TEXTO

Encontramos no primeiro capítulo do evangelho segundo Marcos sua narrativa dos primeiros avanços de Jesus em seu ministério. Acompanhado de seus quatro discípulos arrebanhados a beira mar, Jesus adentra a uma sinagoga em Cafarnaum em um sábado. No tempo de Jesus as sinagogas eram centros de instrução da lei, a reunião no sábado constava da leitura dos rolos sagrados, quando então a instrução ocorria em aramaico, a língua corrente entre o povo. Ali não ocorriam sacrifícios, nem havia o ofício de um sacerdote, e homens a quem reconheciam como competentes para falar eram então convidados a se dirigirem aos presentes. Possivelmente aqueles homens já conhecessem um pouco da fama de Jesus, de forma que ele foi convidado a falar. O que nos é dito então é que os homens ali ... maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas” (1.21). Os escribas eram os gramáticos da lei, conhecedores de sua interpretação e dos métodos utilizados pelos judeus em seu ensino. Eram especialistas nos acréscimos passados de geração em geração, sendo capazes de citar o que mestres antigos haviam escrito. O que podemos entender é que Jesus agiu de forma diferente deles, o Mestre não parafraseou nenhum escrito antigo, ou citou as palavras de algum rabino. Porque? Simplesmente por que o homem que leu as Escrituras naquele sábado em Cafarnaum era o próprio autor da lei, e não um mero comentarista.

Tal verdade é plenamente revelada na continuidade do relato de Marcos. Á ilustre presença de Jesus naquela sinagoga fora também notada por outro tipo de frequentador, que muito sabia de quem se tratava o homem presente ali “E estava na sinagoga deles um homem com um espírito imundo, o qual exclamou, dizendo: Ah! Que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus” (Marcos 1.23 e 24). Aquele espirito imundo não estava sujeito a limitada percepção humana, sua percepção ia além das vestes simples e de sotaque galileu a sua frente. Sua manifestação revela seu temor, ele não poderia ficar calado diante do poder daquele que ali adentrara, em uma exclamação mista de temor e reverencia “Bem sei quem és: o Santo de Deus”. A ação de Jesus condiz com sua pessoa e missão, além de servir de testemunho aqueles homens, “E repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te, e sai dele. Então o espírito imundo, convulsionando-o, e clamando com grande voz, saiu dele” (1.25,26). Ninguém menos que o próprio Deus ordenara, sujeitando ao espírito imundo unicamente pelo poder de sua palavra. Não é de se admirar que a reação dos presentes tenha sido um misto de admiração e temor “E todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Pois com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!” (1.27). Tal exclamação não deve nos levar a crer que eles entenderam plenamente o que haviam ouvido e visto. Sua expressão “Que nova doutrina é esta” revela que eles entenderam a ação de Jesus como a aplicação de um método que para eles era desconhecido até ali, razão pela qual “... logo correu a sua fama por toda a província da Galileia” (Marcos 1.28).

A lição que nos fica é que Deus não se revela a suas criaturas simplesmente utilizando-se de um método, Ele nos apresenta uma pessoa, seu Filho. Sua sede por Deus será saciada quando você deixar de seguir meros métodos humanos, para então simplesmente buscar nas Escrituras a ele, Jesus Cristo.

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