O MAIS SEGURO DOS MUROS
DEVOCIONAL
DIÁRIO
03\03\2024
TÍTULO
O MAIS SEGURO DOS MUROS
TEXTO
Desde
a antiguidade muros representam o melhor que as mãos humanas podem fazer em
prol de sua segurança. Mas na palavra de Deus aprendemos sobre um muro que
jamais poderá ser destruído ou sobrepujado.
O
termo hebraico para muro, hômãh, ocorre em torno de 120 vezes no Velho
Testamento. É impactante que a primeira menção a este termo ocorra exatamente
em um dos momentos mais gloriosos envolvendo a nação de Israel, quando da
passagem do povo em meio ao mar “E os filhos
de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes
como muro à sua direita e à sua esquerda” (Êxodo 14.22).
O
uso mais frequente desta palavra é encontrado no livro de Neemias, quando este
se dispõe a reconstruir os muros de Jerusalém, revelando assim o significado
primário de hômãh, que é o muro que cerca uma cidade. O período veterotestamentário
foi um tempo quando era necessário que as cidades fossem protegidas por meio da
construção de um muro fortificado, como no tempo do reinado de Salomão, quando
muros duplos serviam de proteção a Jerusalém.
Tais muros eram compostos por duas paredes de pedras que podiam ser
preenchidas com entulho em seu interior em caso de um ataque externo. Quando da investida dos caldeus, o vão entre
esses muros serviu de fuga ao rei e seus homens “Então a cidade foi invadida, e todos os homens de guerra fugiram de
noite pelo caminho da porta, entre os dois muros que estavam junto
ao jardim do rei (porque os caldeus estavam contra a cidade em redor), e o
rei se foi pelo caminho da campina” (2 Reis 25.4).
Nas
guerras travadas no período bíblico, o principal alvo ao se cercar uma cidade
era abrir uma brecha em seus muros, como fez Joás contra Jerusalém “E Jeoás, rei de Israel, tomou a Amazias, rei de Judá, filho de
Joás, filho de Acazias, em Bete-Semes; e veio a Jerusalém, e rompeu o muro de
Jerusalém, desde a porta de Efraim até a porta da esquina, quatrocentos côvados” (2
Reis 14.13). Tão importantes eram os muros para a sobrevivência de uma cidade
que, ao tomar Jerusalém, Nabucodonozor tratou de demolir seus muros “E queimaram a casa de Deus, e derrubaram os muros de Jerusalém, e
todos os seus palácios queimaram a fogo, destruindo também todos os seus preciosos
vasos” (2 Crônicas 36.19). Apenas depois de 135 anos é
que, por intermédio de Neemias, os muros de Jerusalém foram restaurados,
reestabelecendo assim a dignidade da grande cidade dos judeus “Bem vedes vós a miséria em que estamos, que Jerusalém está assolada,
e que as suas portas têm sido queimadas a fogo; vinde, pois, e
reedifiquemos o muro de Jerusalém, e não sejamos mais um opróbrio” (Neemias
2.17).
A
destruição dos muros de Jerusalém sempre foram um sinal de vergonha e tristeza
para o povo de Deus. Uma Jerusalém sem muros era motivo de zombaria entre seus
inimigos, e a simples menção de sua reedificação, causava neles o pior dos
temores. Pois a Bíblia revela que em breve chegará um tempo em que Jerusalém
não precisará mais da proteção de seus muros de pedras, como bem nos revela o
profeta Zacarias “E disse-lhe: Corre, fala a este jovem,
dizendo: Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, por causa da
multidão dos homens e dos animais que haverá nela” ((Zacarias 2.4). Quando o Senhor Jesus Cristo estabelecer seu reino
sobre este mundo, Jerusalém será cercada por um muro que não poderá ser
destruído nem ultrapassado, não feito por mãos humanas, como nos revela o
profeta “Pois eu, diz o Senhor,
serei para ela um muro de fogo em redor, e para glória estarei no meio dela” (Zacarias
2.4,5).
Que tal verdade nos
conduza a confiar não nos falhos muros que construímos, mas no Senhor nosso
Deus.
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