O SALMO 67 E A RAZÃO DAS BENÇÃOS DE DEUS SOBRE SEUS FILHOS

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

29\03\2024

TÍTULO

O SALMO 67 E A RAZÃO DAS BENÇÃOS DE DEUS SOBRE SEUS FILHOS

TEXTO

O diligente leitor das sagradas Escrituras encontra no Salmo 67 um hino de ações de graças a Deus pelas bençãos concedidas, aliado a um sentimento de reconhecimento da responsabilidade dos filhos de Deus em fazer seu santo nome conhecido entre as nações. Jamais devem os salvos permitir o pensamento de que as bençãos recebidas da parte de Deus são um fim em si mesmas, destinadas a apenas favorecer os alvos de sua graça. Ao abençoar seu povo Deus deseja que este mesmo povo seja um instrumento de propagação de seu nome entre as nações, como bem nos exortou o Mestre “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5.14 a 16).

O salmista inicia seu hino de gratidão recordando que a razão das bençãos do Senhor não está nos méritos dos homens, mas unicamente em sua misericórdia “Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe” (verso 1). Experiente em seu caminhar com Deus, o salmista reconhece que as bençãos materiais são apenas o resultado do agrado e da presença de Deus entre seu povo, por isso reconhece aquilo que verdadeiramente é essencial para que sua nação prospere “e faça resplandecer o seu rosto sobre nós” (verso 1). Ciente que há um propósito maior da parte de Deus em abençoar seu povo, indo muito além do bem estar e da paz que provavam, o salmista olha além de suas próprias fronteiras, para além de seus irmãos, e enxerga o querer de Deus ao tornar sua nação um luzeiro espiritual neste mundo “Para que se conheça na terra o teu caminho, e entre todas as nações a tua salvação” (verso 2). Este foi o querer de Deus a nação de Israel, expresso em seus mandamentos. Porém, ao tornar-se em muitos aspectos mais impura do que as nações pagãs que lhe cercavam, acabando por rejeitar o próprio Messias prometido, Israel perdeu a oportunidade de abençoar as nações da terra, o que não significa que este propósito divino fracassou, pois uma nova oportunidade se abrirá no período milenar, quando, sob o reinado de Jesus Cristo, finalmente Israel servirá de luzeiro as nações.

Os versos finais deste salmo parecem apontar para este glorioso período, profeticamente conclamando as nações a adorarem o Senhor “Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos” (verso 3). Quando este tempo de equidade chegar, as nações deste mundo provarão da verdadeira paz e prosperidade, uma vez que o justo juiz as governará em justiça “Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgarás os povos com equidade, e governarás as nações sobre a terra” (verso 4). O futuro governo de Cristo sobre as nações atingirá não somente os homens, mas a própria criação, que voltará a produzir abundantemente, de forma que não mais ocorrerão conflitos causados pela escassez de alimentos “Então a terra dará o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, nos abençoará” (verso 6).

O motivo de reconhecermos a mão de Deus em meio a nossas bênçãos é que, agindo assim, toda honra e glória é direcionada a nosso Deus, resultando naquilo que diz o salmista “Deus nos abençoará, e todas as extremidades da terra o temerão” (verso 7).

 




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