A PENITÊNCIA NÃO É UM INSTRUMENTO DIVINO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
24/05/2024
TÍTULO
A PENITÊNCIA NÃO É UM INSTRUMENTO DIVINO
TEXTO
Remonta a um passado distante o pensamento humano de agradar seus deuses por meio de afligir-se fisicamente. De formas variadas, povos de todas as regiões da terra usam a penitência como meio de culto a divindades, e até mesmo o único e verdadeiro Deus é buscado desta forma em religiões onde a Bíblia é um mero pretexto a suas práticas.
Há aqueles que demonstram rezões piedosas para a prática da penitência, pensando que com isto irão enfraquecer o poder do pecado em seu corpo. Outros acreditam que a Bíblia nos ensina que é necessário reparar nossos pecados por meio de alguma penitência a fim de alcançar o perdão de Deus; religiões demarcam períodos específicos do ano onde a penitência é vista como um remédio eficaz no combate a doenças espirituais como o orgulho, á gula e a avareza. Há muitos que veem na penitencia uma forma de receber graça diante de problemas que enfrentam; outras realizam romarias de penitência agradecendo por favores supostamente alcançados.
É preciso esclarecer que, mesmo que seja praticada por diversas religiões e até denominações ditas cristãs, a penitência não é uma doutrina bíblica e passou a ser praticada por grupos que se denominam cristãos somente quinze séculos após o surgimento do cristianismo. Infelizmente temos que reconhecer que resquícios destas práticas ainda podem persistir na mente e no coração de muitos sinceros filhos de Deus devido ao longo tempo em que permaneceram expostos a estes falsos ensinos antes de conhecerem a Cristo. Devido a inclinação de nosso coração pecaminoso, que sempre busca algum mérito pelo qual possa se gloriar, seitas tem encorajado este falso ensino como algo aceito por Deus, utilizando preceitos bíblicos como o jejum de forma prejudicial a saúde e contrária ao ensino do Senhor Jesus.
Olhando para a sã doutrina bíblica, vemos que em parte alguma das Escrituras qualquer tipo de penitência é capaz de perdoar pecados e que apenas o sangue do Salvador possui esta capacidade, como nos diz o apóstolo Pedro “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. Da mesm forma não é bíblico o ensino que colaboramos minimamente no perdão de nossos pecados, uma vez que a Bíblia nos ensina a eficácia completa do sacrifício de Jesus na cruz. Usar o jejum bíblico como meio de penitência é algo reprovado pelo próprio Senhor Jesus em seu ensinamento “E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens que jejuas”. A tentativa de agradar a Deus através de sacrifícios físicos é uma desonra a seu santo nome, nenhuma prática de homens pecadores pode satisfazer a Deus. Por isso Ele enviou seu único Filho, para que pelo sacrifício de si mesmo, alcançasse o favor de Deus “Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo”.
Há um único sacrifício de nossa parte que agrada a Deus, descrito no capítulo 13 da carta aos hebreus “Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada”.
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