O CARÁTER PERTURBADOR DO EVANGELHO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
12\05\2024
TÍTULO
O CARÁTER PERTURBADOR DO EVANGELHO
TEXTO
Mateus 10.34 a 39
34. Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;
35. Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra;
36. E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.
Encontramos no capítulo 10 de Mateus o Mestre nomeando seus doze apóstolos e os enviando as ovelhas perdidas da casa de Israel. Ao lhes incunbir de anunciar que o reino dos céus estava as portas, Jesus lhes concedeu sinais que testificavam de sua missão e os instruiu a respeito de como deviam proceder durante seu ministério. As instruções de Jesus nos permitem perceber a profundidade e seriedade da aplicação do evangelho a vida das pessoas, julgando se estas mesmas características estão presentes na igreja de hoje.
Ao advertir seus enviados que não se enganassem a respeito da natureza de seu ministério, e que a aceitação da mensagem geraria divisão e inimizade entre pessoas de uma mesma família, Jesus lhes deixou claro o caráter perturbador do evangelho. Acostumados ao comodismo e ócio da religião, contemplariam agora a reação do reino das trevas a manifestação da luz, e de como a natureza caída dos homens imediatamente se levantaria contra qualquer minímo raio da luz de Deus que denúncie sua miserável condição. O ódio inicialmente dirigido ao Mestre, seria também apontado a todo aquele que ousase manifestar sua aceitação ao reino de Deus. A presença de Deus entre os homens trouxe perturbação ao reino da trevas, o oferecimento gracioso das boas novas perturbou homens e mulheres pecadores ao ponto de renegarem sua própria prole.
Que jamais nenhum de nós se escandalize diante de tal circunstância, pois bem nos advertiu o Mestre “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa” (Mateus 5.11). Ser injuriado pela própria família por causa do Salvador, serve como testemunho que o puro e verdadeiro evangelho está presente concedendo aos salvos a paz que excede todo entendimento e perturbando a mente e o coração daqueles que violentamente o rejeitam. É Pedro que nos diz “Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado” (1 Pedro 4.13,14). Aquele que sofre tais perseguições também deve se regozijar por saber que trilha o caminho do céu.
Tal perturbação deve servir também para que avaliemos se a igreja está cumprindo seu papel de sal e luz nesta terra. Se não encontramos em nosso ministério a oposição do reino das trevas nem a contrariedade dos pecadores, há algo de estranho em nossa proclamação. A tentativa de equilíbrio e aceitação por parte dos pecadores tem levado muitos ministérios a condição reprovada pelo próprio Senhor Jesus em Apocalipse capítulo 3 versos 15 e 16 “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”. Longe de nós o aceitar tal condição.
“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”, Efésios capítulo 5 verso 8.
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