O REVERSO DA GRATIDÃO

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

02\05\2024

TÍTULO

O REVERSO DA GRATIDÃO

TEXTO

Em Ezequiel capítulo 16 verso 17 lemos E tomaste as tuas joias de enfeite, que eu te dei do meu ouro e da minha prata, e fizeste imagens de homens, e te prostituíste com elas”.  

Neste texto o Senhor protesta contra as abominações vistas em meio a seu povo. Deus havia abençoado seu povo com toda sorte de bençãos, eles se tornaram prósperos e viviam em paz. Porém aquilo que lhes devia servir de bem foi usado para o mal da forma mais ímpia possível. Eles trocaram o Senhor pelas bençãos, ergueram ídolos em seus corações e se afastaram de Deus.

Este enredo não é estranho na história do povo de Israel. Quando faraó permitiu que deixassem a terra do Egito, Moisés lhes ordenou que pedissem bens valiosos, como vemos em Êxodo capítulo 12 versos 35 e 36 Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme à palavra de Moisés, e pediram aos egípcios joias de prata, e joias de ouro, e roupas. E o Senhor deu ao povo graça aos olhos dos egípcios, e estes lhe davam o que pediam; e  despojaram aos egípcios”.  Não se passou muito tempo, e enquanto Moisés se encontrava no monte recebendo de Deus a sua lei, eis a serventia que encontraram para aqueles bens, como vemos em Êxodo capítulo 32 versos 2 a 4 “E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro, que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos, e de vossas filhas, e trazei-mos. Então todo o povo arrancou os pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão. E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito”. No NovoTestamento o mais conhecido registro deste comportamento é encontrado em  Lucas capítulo 15 versos 12 e 13 “E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente”. O imaturo jovem, demonstrando desprezo todo seu desprezo, deseja receber aqui que julga ser seu de direito. Tendo em suas mãos o que deseja, parte para o mais distante possível usufruindo das bençãos concedidas pelo pai de forma desonrosa e iníqua.

Quantas vezes os filhos de Deus apresentam o mesmo proceder. Abençoados pelo Pai, se utilizam das próprias bençãos para satisfazer seus desejos carnais e agoístas. Julgando Deus como algo descartável, viram suas costas a Ele, aliando-se a seus inimigos e desprezando seu amor e bondade, esquecendo-se que o que são e o que possuem são resultado daquilo que Deus fez por eles.

Os filhos de Deus precisam se precaver contra este comportamento. Creio que a oração de Agur em Provérbios capítulo 30 nos sirva de bússola “Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão”.

Que tal ensinamento nos sirva de alerta, e que as palavras do salmista sejam suficientes para nos encorajar “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (Salmos capítulo 103 verso 2).

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