A DISPERSÃO E GLÓRIA DA NAÇÃO DE ISRAEL
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
16\06\2024
TÍTULO
A DISPERSÃO E GLÓRIA DA NAÇÃO DE ISRAEL
TEXTO
O leitor atento das sagradas Escrituras encontra no Salmo 44 uma profunda questão espiritual tendo a nação de Israel como pano de fundo teológico e histórico a fim de destacar verdades preciosas a respeito da pessoa de Deus. O questionamento levantado pela leitura deste salmo diz respeito as derrotas experimentadas pelo povo de Deus sem que aja uma razão aparente que as justifique. Qual a razão e propósito do ódio demonstrado por este mundo aqueles que servem ao Senhor? Nação nenhuma na história humana provou deste fato no mesmo nível da nação de Israel, e este salmo nos serve de testemunho a esta verdade.
O salmista inicia sua dissertação recordando das maravilhosas intervenções de Deus em prol de seu povo “Ó DEUS, nós ouvimos com os nossos ouvidos, e nossos pais nos têm contado a obra que fizeste em seus dias, nos tempos da antiguidade. Como expulsaste os gentios com a tua mão e os plantaste a eles; como afligiste os povos e os derrubaste. Pois não conquistaram a terra pela sua espada, nem o seu braço os salvou, mas a tua destra e o teu braço, e a luz da tua face, porquanto te agradaste deles” (versos 1 a 3). Tais intervenções divinas inspiram a adoração e encorajamento do salmista, que se gloria no Deus que sustém “Por ti venceremos os nossos inimigos; pelo teu nome pisaremos os que se levantam contra nós... Em Deus nos gloriamos todo o dia, e louvamos o teu nome eternamente” (versos 5,8).
Encontramos nos versos seguintes uma abrupta modificação na condição do povo de Deus, sem que aja uma causa aparente que justifique tal condição “Mas agora tu nos rejeitaste e nos confundiste, e não sais com os nossos exércitos. Tu nos fazes retirar do inimigo, e aqueles que nos odeiam nos saqueiam para si. Tu nos entregaste como ovelhas para comer, e nos espalhaste entre os gentios” (versos 9 a 11). Subitamente espalhado entre as nações, o povo de Deus rapidamente se torna motivo de escárnio e zombaria por parte de seus muitos inimigos “Tu nos pões por opróbrio aos nossos vizinhos, por escárnio e zombaria daqueles que estão à roda de nós. Tu nos pões por provérbio entre os gentios, por movimento de cabeça entre os povos” (versos 13,14).
Apesar das condições catastróficas descritas pelo salmista, ele testemunha que o coração do povo de Deus continuava fiel ao Senhor “Tudo isto nos sobreveio; contudo não nos esquecemos de ti, nem nos houvemos falsamente contra a tua aliança. O nosso coração não voltou atrás, nem os nossos passos se desviaram das tuas veredas” (versos 17,18). O salmista apela a onisciência do próprio Deus como testemunha desta verdade, ao dizer “Se nós esquecemos o nome do nosso Deus, e estendemos as nossas mãos para um deus estranho, porventura não esquadrinhará Deus isso? Pois ele sabe os segredos do coração” (versos 20,21). Finalmente, a razão do ódio das nações contra Israel é claramente revelada “Sim, por amor de ti, somos mortos todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro” (verso 22). Nem pecado, nem infidelidade, o terror que se abatia sobre o povo de Deus tinha como única causa sua identificação com Ele. A nação de Israel era perseguida unicamente por representar o poder de Deus neste mundo.
Os sábios leitores das Escrituras reconhecem que não será assim a condição futura da nação de Israel, pois o Senhor certamente ouvirá o clamor do salmista “Desperta, por que dormes, Senhor? Acorda, não nos rejeites para sempre” (verso 23). Em sua epístola aos romanos o apóstolo Paulo deixa transparecer claramente esta verdade ao dizer “Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu” (Romanos 11.1,2). Muito em breve veremos a nação de Israel levantada ao lugar prometido a eles pelo Senhor, “Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam” (Salmo 122.6).
Comentários
Postar um comentário