A NECESSIDADE DE VIGILÂNCIA QUANTO A SAÚDE MENTAL

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

17\06\2024

TÍTULO

A NECESSIDADE DE VIGILÂNCIA QUANTO A SAÚDE MENTAL

TEXTO

O interesse da moderna medicina para com os transtornos mentais é algo relativamente recente, sendo reconhecido por sintomas como o comprometimento dos sentidos e pensamentos, chegando ao ponto de alterar a noção de realidade. As décadas recentes testemunharam uma popularização de nomenclaturas que, em sua maior parte, servem apenas para nomear algo de que os especialistas não sabem como ou de onde procedem. Diferente da limitada sabedoria humana, a sabedoria de Deus trata a milênios destas mesmas questões, definindo suas causas e alertando quanto as suas consequências de forma realista. Faremos bem em dar ouvidos a santa palavra de Deus quanto a esta questão.

A ciência moderna aponta as questões psicossomáticas como a causa da maior parte dos males do homem moderno, reconhecendo que muitas enfermidades no corpo humano são resultado daquilo que o homem produz em sua própria mente. Porém, ao examinarmos as palavras de Jesus no sexto capítulo do evangelho segundo Mateus, observamos que, muito antes do ser humano chegar a esta conclusão, o Mestre já alertava a respeito de tal mal ao dizer “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” (Mateus 6.22,23). A metáfora usada por Jesus é facilmente entendível, aplicando aos olhos a função de portais da mente humana, sendo responsáveis pela maior parte das informações que chegam à mente. A conclusão de Jesus é clara, se nossa mente for alimentada daquilo que é bom, ou seja, adequado a nossa alma, isso afetará todo nosso ser para o bem; porém, se nossos olhos enchem nossa mente de toda sorte de questões inadequadas, isso resultará em malefício a nós mesmos.

A Bíblia, diferente da ciência humana, não nos abandona neste ponto, e onde a moderna farmacologia receitará ansiolíticos, em uma tentativa de tratar das consequências sem atacar a causa, a Bíblia vai diretamente a fonte de nossas inquietações ao nos dizer “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se  alguma virtude, e se  algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4.8). O preceito bíblico parte da premissa que a maioria absoluta destes transtornos mentais que atingem os seres humanos são consequência direta daquilo que permitem adentrar a mente, provocando toda sorte de males e más condutas como a ansiedade, a autocomiseração, a ira pecaminosa e os atos impensados. A Bíblia nos encoraja a ocupar nossa mente com a verdade ao invés da ficção, com coisas honrosas em lugar de pensamentos que, de tão perversos, não podem nem ao menos ser citados. A Bíblia nos chama a refletir em coisas que atendam aos padrões justos e que tenham na pureza sua maior qualidade. A ocupar nossa mente com coisas amáveis, ou seja, cujo caráter é respeitável e de boa reputação. O apóstolo Paulo encerra esta recomendação aos filipenses dizendo-lhes que seus pensamentos devem ser ocupados por tais verdades virtuosas, reconhecidas por seu valor mesmo que a moderna sociedade tenda a lhes desprezar. Sua conclusão é clara “...nisso pensai”, ou seja, que isso ocupe o vosso pensamento de forma a influenciar toda sua vida.

Que relembremos da exortação do salmista, a fim de protegermos nossa mente contra os males deste mundo tenebroso “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se  em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” (Salmo 139.23,24).

 

 

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