A VERDADEIRA PÁTRIA DO CRISTÃO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
07\06\2024
TÍTULO
A VERDADEIRA PÁTRIA DO CRISTÃO
TEXTO
Os salvos em Cristo encontram na epístola de Paulo aos filipenses um precioso legado quanto a vida que o Senhor deseja que manifestem. É especialmente abençoador perceber como as condições vividas tanto pelo apóstolo Paulo quanto pelos próprios filipenses se assemelham aquelas que os filhos de Deus também enfrentam em nossos dias. As ameaçavas que pairavam sobre os santos do passado continuam a desafiar os salvos hoje, de forma que faremos bem em dar ouvidos a mensagem desta epístola.
Havia especificamente em Filipos um grupo de pessoas a quem o apóstolo Paulo descreve no terceiro capítulo desta epístola e que muito se assemelham a moderna forma de evangelicalismo praticado em nossos dias. Ao descrever tais pessoas o apóstolo usa de palavras fortes, como no primeiro capítulo de sua carta “Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e contenda, mas outros de boa vontade” (Filipenses 1.15). Sua linguajem é ainda mais forte ao chegar ao terceiro capítulo, quando diz “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo” (Filipenses 3.18). Mesmo que tais pessoas se autointitulassem cristãs, seu modo de vida permitia ao apóstolo identifica-los como pessoas ímpias, que causam mal ao evangelho e aos verdadeiros salvos. No verso seguinte o apóstolo os descreve de forma ainda mais detalhada ao dizer “Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas” (Filipenses 3.19). Paulo os nomina claramente como pessoas perdidas, inconversos que permaneciam em sua incredulidade. Ao dizer que o deus de tais pessoas era seu próprio ventre, o apóstolo está descrevendo a atitude desregrada de tais pessoas, entregue a toda sorte de desejos carnais e vivendo de acordo com suas próprias paixões. Ao dizer que esses indivíduos pensam apenas nas coisas deste mundo o apóstolo revela a verdadeira natureza destes homens e mulheres, são pessoas carnais, cuja natureza terrena os liga unicamente a este mundo e a perdição do mundo vindouro.
A interjeição que dá início ao verso seguinte revela aos salvos que a conduta esperada deles é essencialmente oposta a praticada pelas pessoas já descritas. A razão apresentada por Paulo para que isto ocorra diz respeito a natureza peculiar que possuem em Cristo, fazendo de cada um deles cidadãos celestiais cuja “... cidade está nos céus” (Filipenses 3.20). Esta cidadania celestial que lhes foi outorgada deve corresponder a lealdade que se espera deles quanto a seu Senhor e Salvador enquanto peregrinos e forasteiros neste mundo. Dos cidadãos do céu também se espera que vivam de acordo com normas de sua pátria, representando seu soberano de forma condigna a sua majestade. Ao escrever aos salvos em Roma, a questão que Paulo lança diante deles serve a todos os súditos do grande rei “Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6.2). É dever dos cidadãos do céu demonstrarem neste mundo perdido a santidade e pureza que caracteriza as moradas celestiais preparadas por seu precursor. Finalmente, Paulo revela aos salvos a bendita esperança que deve os fazer andar acima da mediocridade deste mundo terreno, ao lhes dizer que seus olhos devem estar fixos em sua pátria celestial “... de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Filipenses 3.20,21).
Estão os salvos vivendo de acordo com esta viva esperança? Ou a fraqueza de imitar os libertinos que habitavam em Filipos os tem feito semelhantes aqueles “Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas” (Filipenses 3.19)? Que os salvos em Cristo sigam o bendito chamado proclamado pelo apóstolo Paulo “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam” (Filipenses 3.17).
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