CINCO CONSIDERAÇÕES DO SÁBIO A RESPEITO DA RIQUEZA QUE UM HOMEM PODE VIR A ACUMULAR
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
19\06\2024
TÍTULO
CINCO CONSIDERAÇÕES DO SÁBIO A RESPEITO DA RIQUEZA QUE UM HOMEM PODE VIR A ACUMULAR
TEXTO
A forma como um homem encara a questão das riquezas materiais diz mais sobre ele do que ele mesmo pode imaginar. A extensão deste assunto nas sagradas Escrituras é uma demonstração de quão seriamente esta questão deve ser encarado pelo ser humano, e de quão profundamente as riquezas terrenas podem escravizar a alma humana. Encontramos no livro de Eclesiastes precioso ensino quanto a este tema, tratando a questão das riquezas terrenas a partir de três verdades básicas: a riqueza terrena é um valor transitório, inconfiável e que transmite uma falsa noção de segurança. O quinto capítulo deste livro nos apresenta seis razões que servem para reforçar estas verdades, e faremos bem em dar ouvidos a elas.
A primeira destas verdades é que riqueza terrena alguma é capaz de satisfazer a alma humana, como lemos no versículo dez “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade” (Eclesiastes 5.10). Não há quantidade de dinheiro, bens ou posses que faça uma pessoa satisfeita, pois a alma humana sempre desejará mais. Encontramos a razão desta verdade na insaciável concupiscência dos olhos, como citada pelo apóstolo João. A segunda verdade que encontramos no quinto capítulo do livro de Eclesiastes nos ensina que junto com as riquezas que uma pessoa acumula são acrescentadas responsabilidades adicionais a vida, como vemos no verso 11 “Onde os bens se multiplicam, ali se multiplicam também os que deles comem; que mais proveito, pois, têm os seus donos do que os ver com os seus olhos?” (Eclesiastes 5.11). A tendência humana é pensar que o acumulo de bens materiais lhe trará a desejada tranquilidade, porém o caso citado neste texto mostra que, embora possua mais bens, ele terá que arcar com situações que antes não vivenciava. A terceira verdade revelada pelo sábio encontra-se no verso 12, ao dizer que junto com as riquezas advém também preocupações “Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir” (Eclesiastes 5.12). A falta de sono do homem abastado pode ser resultado de seu temor de ser roubado e desprovido de seus bens, ou mesmo consequência das acusações de sua consciência devido a crimes que tenha cometido a fim de proteger seu patrimônio. A quarta verdade demonstra que riquezas também podem potencialmente atrair danos e enfermidades não desejadas “Há um grave mal que vi debaixo do sol, e atrai enfermidades: as riquezas que os seus donos guardam para o seu próprio dano” (Eclesiastes 5.13). O homem pensa nas riquezas como algo que vai ajuda-lo, mas no fim pode vir a descobrir que estas mesmas riquezas trouxeram sobre ele males que o prejudicaram severamente. A quinta verdade revelada pelo sábio diz respeito ao fato que os bens materiais terrenos não são garantia que a descendência de um homem não terá problemas futuros “Porque as mesmas riquezas se perdem por qualquer má ventura, e havendo algum filho nada lhe fica na sua mão” (Eclesiastes 5.14). É importante considerar que bens terrenos podem ser ganhos e perdidos com muita facilidade, e aquilo que o homem confiava para garantir a segurança de seus descendentes pode desaparecer em um instante. A sexta e última verdade revelada pelo sábio nos lembra que riquezas terrenas não nos acompanham a eternidade “Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu tornará, indo-se como veio; e nada tomará do seu trabalho, que possa levar na sua mão” (Eclesiastes 5.15), ou seja, tanto no nascimento quanto na morte o ser humano é resumido ao absoluto nada.
Quão importante é que nos lembremos da exortação do Mestre quanto a esta questão “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lucas 12.15).
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