COMO APRENDER A AMAR PESSOAS INVISÍVEIS

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

11\06\2024

TÍTULO

COMO APRENDER A AMAR PESSOAS INVISÍVEIS

TEXTO

A leitura dos evangelhos tem como propósito central apresentar a pessoa e obra de Jesus Cristo, o filho de Deus, em meio a um contexto histórico, geográfico e cultural que não nos deve passar desapercebido. Jesus vivia em meio a sua gente, relatada nos evangelhos como um povo escravizado e em sua maior parte miserável. Este fato não passou desapercebido aos olhos de Jesus cujo comportamento para com estas pessoas foi absolutamente o oposto ao praticado pelos líderes judaicos de seu tempo. Faremos bem em observar como Jesus se relacionava com uma multidão de pessoas invisíveis ao estado e a religião daqueles dias.

Primeiramente, reconheçamos a compaixão de Jesus em reconhecer e dialogar com pessoas invisíveis aos líderes religiosos judeus, como nos é descrito por Mateus E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento” (Mateus 9.10). Jesus conhecia a real necessidade daquelas pessoas, mesmo que aos olhos da elite religiosa judaica isso parecesse algo incoerente. Sua missão salvadora nivelava todos os homens em um mesmo patamar, sem discrimina-los por grupos ou classes. Onde os fariseus viam merecimento e privilégios, Jesus via a necessidade de misericórdia.

Outro fato que nos chama a atenção quanto ao comportamento de Jesus em relação as pessoas de seu tempo é sua capacidade de quebrar paradigmas firmemente estabelecidos em sua sociedade, como no fato narrado por Lucas E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galileia; E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe; E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos” (Lucas 17.11 a 14). Pessoas leprosas deveriam ser imediatamente excluídas da sociedade, eram literalmente considerados mortos-vivos, separados de suas famílias e impossibilitados de participarem da vida religiosa. Pois também a estes esquecidos e invisíveis a sociedade Jesus demonstrou seu amor, curando-os de seu mal.

Possivelmente a narrativa bíblica que mais nos permita perceber esta característica na pessoa de Jesus seja a relatada por Mateus no nono capítulo de seu evangelho E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor” (Mateus 9.35,36). Jesus andava onde os líderes judeus se negavam a ir, e por isso mesmo era capaz de enxergar mazelas que os orgulhosos fariseus preferiam ignorar. Jesus não somente curou seu povo, mas se fez acessível a eles, demonstrando algo que possivelmente jamais tivessem sentido, em Jesus aquelas pessoas invisíveis encontraram compaixão.

Que reconheçamos que o evangelho nos chama a esta mesma atitude ao firmemente nos exortar De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas fez a si mesmo de nenhuma reputação, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Filipenses 2.5 a 7). Que o exemplo do Mestre nos desperte a amar aqueles que este mundo considera pessoas invisíveis.

 

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