O GRANDE PERIGO DO DESCASO PARA COM A PALAVRA DE DEUS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
09\06\2024
TÍTULO
O GRANDE PERIGO DO DESCASO PARA COM A PALAVRA DE DEUS
TEXTO
Em tempo algum na história humana a palavra de Deus foi tão abundantemente oferecida aos ouvidos humanos como em nossos dias. Basta que lembremos como, a poucas décadas passadas, o imprescindível trabalho dos colportores, que vendiam bíblias de porta em porta alcançando os mais retirados rincões do solo brasileiro, era a única forma pela qual a população interiorana de nosso país tinha acesso ao precioso livro, o que também acabou por demonstrar-se uma excelente ferramenta de evangelização. Passados um punhado de décadas, nossos filhos tem acesso instantâneo não somente ao texto sagrado, como a uma gama invejável de obras tratando das verdades bíblicas, tanto na forma escrita como no formato áudio visual. Temo, pois, que tal privilégio acabe por tornar-se motivo de descaso, tanto de parte dos salvos como daqueles que, ainda desconhecedores da salvação em Cristo, tem se acostumado a ouvir o sagrado evangelho sem lhe prestar qualquer obediência. Pensemos sinceramente neste fato.
Reconhecendo tal perigo em seus dias, o autor da epístola aos hebreus procurou alertar seus conterrâneos quanto a este grande mal, ao lhes escrever “PORTANTO, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas” (Hebreus 2.1). A crescente perseguição aos cristãos levava muitos deles a cogitarem o abandono do cristianismo e até mesmo a volta a prática do judaísmo, desencorajando aqueles que estavam se aproximando do evangelho a definitivamente se unirem a igreja pela fé no Salvador. A solução apontada pelo autor desta epístola a fim de evitar tal situação é que aquelas pessoas ouvissem com muita atenção a verdade do evangelho pregada a elas. Há um mal terrível em nos tornarmos ouvintes desatentos das verdades espirituais, descrito de forma muito clara neste verso “... para que em tempo algum nos desviemos delas” (Hebreus 2.1). A descrição proposta pelo autor bíblico é a de uma embarcação que de forma quase imperceptível e lenta se afasta da segurança do porto, levado pelas correntes de águas. Assim também muitos cristãos tem se afastado da casa de Deus devido ao descaso em ouvir com verdadeiro interesse as verdades espirituais, e, à semelhança dos hebreus, usando como justificativa as lutas e dificuldades de nossos dias, desprezam o poder da palavra de Deus.
Se tal condição é vista entre os salvos, pensemos na ainda mais grave condição daqueles que desconhecem a salvação proposta no evangelho. Se por um lado tais pessoas têm experimentado franco acesso a verdade do evangelho, por outro, o perigo de habituarem-se a verdade do evangelho sem reconhecerem a necessidade de lhe prestar obediência os tem colocado em uma situação de grande perigo, como descrito aos hebreus “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação” (Hebreus 2.3). A falta de uma sincera e profunda inquirição das verdades do evangelho é a causa do descaso visível em multidões de pessoas que pensam estar seguras quanto a eternidade de sua alma, mas que jamais consideraram as verdades do evangelho como aplicáveis a sua própria vida.
Ao escrever sua epístola aos romanos, o apóstolo Paulo os inquiriu severamente quanto a esta verdade, expondo-lhes a forma como Deus havia se manifestado aos homens no passado unicamente através das faculdades da consciência e do testemunho da criação. Paulo diz a eles que tais homens, uma vez que rejeitavam tais manifestações do poder e da presença de Deus entre eles, eram indesculpáveis quanto a sua condenação (Romanos 1.19,20). O que Paulo lhes deseja fazer entender é que ainda mais grave é a condição daqueles que, tendo franco acesso a verdade do evangelho, demonstram injustificável descaso para com a única oportunidade de alcançarem a salvação.
Que estejamos atentos a tão grave condição.
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