O PERIGO DE DEPOSITARMOS A CONFIANÇA EM UM FALSO ÁLIBI

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

21\06\2024

TÍTULO

O PERIGO DE DEPOSITARMOS A CONFIANÇA EM UM FALSO ÁLIBI

TEXTO

O décimo capítulo da primeira epístola de Paulo aos coríntios contém uma exortação a qual os salvos em Cristo devem devotar sincera atenção, a qual o apóstolo roga que não seja ignorada. Tomando por base os fatos históricos ocorridos durante a peregrinação do povo de Israel a terra prometida, o apóstolo relata os inúmeros privilégios provados pela enorme multidão de peregrinos, assim como seus terríveis pecados, que acabaram por culminar na condenação da maior parte daquela geração. Paulo usa destes fatos a fim de exortar diretamente aos salvos em Cristo Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia” (1 Coríntios 10.12). Faremos bem em dar ouvidos a esta verdade.

A primeira porção desta exortação relembra as muitas maravilhas da qual todos aqueles que foram libertados no Egito provaram ORA, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram de uma mesma comida espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo” (1 Coríntios 10.1 a 4). O argumento central deste relato encontra-se na expressão “todos”, ressaltando cinco privilégios espirituais que todas aquelas pessoas provaram: todos eles provaram do frescor da nuvem que os protegia do sol escaldante, todos eles foram salvos da destruição ao passar em meio ao mar, todos eles foram liderados por Moisés em sua jornada, todos eles comeram do maná celestial enviado por Deus e todos eles saciaram sua sede ao beber das águas que jorraram da rocha. Tais bençãos podem nos levar a acreditar que aquelas pessoas foram aprovadas por Deus quanto a sua conduta, porém não é isso que Paulo nos revela “Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto” (1 Coríntios 10.5). Aquela multidão de pessoas acabou por perecer no deserto, porém não todos, pois Josué e Calebe foram admitidos na terra prometida, revelando a reprovação de Deus sobre a maior parte deles.

O motivo do apóstolo Paulo ter lançado mão destes fatos históricos é revelado no verso 6 E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram” (1 Corintios 10.6). O argumento do apóstolo serve de ressalva aos salvos em Cristo quanto a conduta praticada pelo povo de Israel que os levou a serem reprovados pelo Senhor, apesar de todas as bençãos que provaram durante sua jornada. Tais bençãos forneceram aquelas pessoas a um falso álibi de segurança. Aquelas pessoas julgavam que tudo estava bem com eles uma vez que participavam de bençãos que Deus concedia a seu povo, assim como os salvos em Cristo podem pensar que tudo está bem com eles porque tem visto Deus abençoar a sua igreja. Provar das inúmeras bençãos de Deus aquele povo fez com que o povo de Israel desse lugar a um comportamento audacioso, sem temor pelo pecado e pelo nome do Senhor, nos servindo de alerta a fim de não cairmos na mesma armadilha. As bençãos derramadas sobre uma igreja não devem conduzir os salvos a uma falsa noção de segurança, como se mal nenhum pudesse os atingir, assim como não devem conduzi-los a libertinagem, como se Deus jamais fosse capaz de disciplinar seus filhos. E, principalmente, as bençãos derramadas sobre uma igreja não devem conduzir ninguém a incredulidade, como se não necessitassem confiar no Senhor em todas as coisas

A verdade ressaltada pelo apóstolo Paulo é que nenhum salvo deve sentir-se seguro enquanto dá lugar ao pecado. Que nos lembremos constantemente de sua exortação “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia”.

 

 

 

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