O REMÉDIO AO ABATIMENTO NA ALMA
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
05\06\2024
TÍTULO
O REMÉDIO AO ABATIMENTO NA ALMA
TEXTO
A sequidão de espírito é um mal possível de ser provado por qualquer dos filhos de Deus, de forma que nenhum deles pode se imaginar livre desta dura experiência. Encontramos no Salmo 42 uma preciosa referência aos dias difíceis que podem vir a se abater sobre nós sem qualquer aviso prévio, de forma que faremos bem em dar ouvidos ao clamor do salmista.
O salmo se inicia com uma declaração de desejo e dependência do salmista para com Deus, descrita em termos poéticos “ASSIM como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (versos 1,2). É visível o ardente desejo deste homem por experimentar a presença do Senhor e assim saciar sua alma. Fica evidente que temos diante de nós alguém que não se contentava com a simples aparência religiosa tão comum e satisfatória a maioria de nós. Este homem desejava mais, e o desejava ardentemente. Porém havia algo a impedi-lo em seu intento, de tal forma que ele levanta um sincero clamor “... quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (verso 2). É incerto que o salmista se refira explicitamente ao templo em Jerusalém, símbolo maior da presença do Senhor em meio a seu povo. Seu desejo é pela comunhão com a pessoa de seu Deus, é isto que ele busca.
O terceiro versículo deste Salmo deixa transparecer que algo no próprio salmista era o real empecilho a desejada comunhão, como ele mesmo diz “As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?” (verso 3). Aparentemente o salmista passa por um período em que Deus parece estar oculto a seus olhos, o que torna sua dor a cada dia mais insuportável “Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava” (verso 4). O verso seguinte nos permite saber que aquilo que lhe impedia de gozar da plena comunhão com o Senhor não era algo exterior ou alguma enfermidade que atingia seu corpo, o problema estava em sua alma, a tal ponto que ele clama a si mesmo em busca de uma resposta “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim?... Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida” (versos 5,6).
A condição de desânimo e abatimento é descrita pelo salmista de forma muito realista ao dizer que “... todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim” (verso 7). O salmista enfrenta duras provas, pois de um lado o aparente descaso da parte de Deus lhe causa dor, e por outro o escárnio de seus inimigos tem aumentado seu sofrimento, como nos diz “Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo? Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?” (versos 9,10). Finalmente, o salmista encontra forças para novamente questionar a si próprio “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim?” (verso 11). Sua resposta demonstra que mesmo em meio ao abatimento espiritual sua fé permanece convicta quanto a quem irá lhe livrar das cruéis armadilhas em sua própria alma, ao dizer “Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus” (verso 11).
Centralizar Deus e não a nós mesmos em nosso coração sempre será o definitivo remédio contra o abatimento na alma.
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