O SALMO 45 E AS BODAS DO REI
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
25\06\2024
TÍTULO
O SALMO 45 E AS BODAS DO REI
TEXTO
O leitor atento das sagradas Escrituras encontra no Salmo 45 um dos dezessete salmos identificados como salmos reais. Este salmo em especial descreve a celebração da cerimônia nupcial do rei em seu casamento com uma princesa estrangeira, sem identificar a qual monarca de Israel ele diretamente se refere. Sua inclusão no saltério deve-se a seu caráter messiânico, uma vez que pelo menos sete indicativos presentes no salmo apontam para o Messias. Ouçamos, pois, com atenção este belo hino de amor.
A descrição do poeta sagrado inicia pelo ator principal “Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre” (verso 2). A referência ao derramar da graça por meio do noivo nos leva diretamente a forma como o apóstolo João referiu-se a Jesus, ao dizer “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (João 1.17). Enxergamos nos vermos 3 a 5 uma descrição semelhante a que o mesmo João apresenta no capítulo 19 do livro de Apocalipse (Apocalipse 19.11 a 21) a respeito da manifestação gloriosa de Jesus, assim descrita pelo salmista “Cinge a tua espada à coxa, ó valente, com a tua glória e a tua majestade. E neste teu esplendor cavalga prosperamente, por causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis. As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei, e por elas os povos caíram debaixo de ti” (versos 3 a 5). Da mesma forma a divindade do noivo é explícita na descrição do salmo, de forma tal que o autor da epístola aos hebreus a citou em sua descrição de Jesus Cristo (Hebreus 1.8,9) “O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade. Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros” (versos 6,7).
Os versos 9 a 13 deste salmo encontramos a beleza incomparável da noiva “As filhas dos reis estavam entre as tuas ilustres mulheres; à tua direita estava a rainha ornada de finíssimo ouro de Ofir” (verso 9). A noiva é chamada a esquecer-se de sua antiga filiação e unir-se completamente ao noivo, assim como a igreja é chamada a abandonar este mundo e unir-se a Jesus Cristo, adorando-o como seu Senhor “Ouve, filha, e olha, e inclina os teus ouvidos; esquece-te do teu povo e da casa do teu pai. Então o rei se afeiçoará da tua formosura, pois ele é teu Senhor; adora-o” (versos 10,11). Encontramos ainda na descrição do salmista virgens acompanhando a noiva, que surge esplendorosa no cortejo nupcial, envolvida em um ambiente de alegria e regozijo incomparáveis “Levá-la-ão ao rei com vestidos bordados; as virgens que a acompanham a trarão a ti. Com alegria e regozijo as trarão; elas entrarão no palácio do rei” (versos 14,15).
Os versos finais deste salmo asseguram que o reinado do rei jamais terá fim e ele será louvado eternamente, seus filhos serão príncipes sobre a terra e seu nome jamais será esquecido “Em lugar de teus pais estarão teus filhos; deles farás príncipes sobre toda a terra. Farei lembrado o teu nome de geração em geração; por isso os povos te louvarão eternamente” (versos 16,17)
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