DEVOCIONAL 21\11\2021 O MESMO SENTIMENTO QUE HOUVE TAMBÉM EM CRISTO JESUS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
21\11\2021
TÍTULO
O MESMO SENTIMENTO QUE HOUVE TAMBÉM EM
CRISTO JESUS
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontra na epístola de Paulo aos filipenses a forma como o
apóstolo tratou do partidarismo que ameaçava aquela igreja, o que deve também
estimular aos líderes cristãos quanto a mesma atitude sempre que o bem estar do
corpo de Cristo seja ameaçado pela ambição humana. O argumento de Paulo a fim
de atacar este problema reside em uma pessoa, Jesus Cristo, e nas implicações
de sua vinda a este mundo, como nos é apresentado no segundo capítulo desta
epístola “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus,
que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas fez a si mesmo de nenhuma reputação, tomando a forma de servo,
fazendo-se semelhante aos homens” (Filipenses 2.5 a 7). Faremos bem em meditar nesta preciosa verdade.
Iniciemos pela verdade revelada na expressão “sendo em forma de Deus”,
que aponta para a preexistência de Jesus em uma forma diferente daquela que a
maior parte das pessoas de seu tempo conheceu. O corpo humano de Jesus impedia
que sua real forma fosse comtemplada da mesma forma que a cobertura de peles do
tabernáculo impedia que a glória de Deus que ali residia fosse contemplada
pelos olhos humanos, verdade que o Senhor permitiu a três de seus discípulos perceberem
quando de sua transfiguração diante deles, como descreve Mateus “E transfigurou-se diante
deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram
brancas como a luz” (Mateus
17.2). Diante daqueles homens estava o próprio Deus, habitando em figura
humana. Paulo acrescenta a seu relato outra verdade preciosa ao dizer que Jesus
“não teve por usurpação ser igual a Deus”, de forma a demonstrar
que em momento algum Jesus usou sua prerrogativa divina a fim de adquirir ou ter poder e domínio,
riquezas, prazer ou glória humana. Jesus Cristo não se apegou a sua qualidade de Deus como motivo de
glória pessoal, pelo contrário, Paulo nos diz que Jesus “fez a si mesmo de nenhuma
reputação”
traduzido também como “a si mesmo se
esvaziou”, revelando que em nenhum sentido Ele deixou de ser Deus, mas sim que Jesus deixou de lado a glória e
poderes elevados a fim de realizar a
obra da redenção. Cristo pôs de lado seus atributos e poderes divinos para que
pudesse compartilhar plenamente a condição humana, como o próprio Paulo revela
em sua epístola aos coríntios “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor
Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua
pobreza enriquecêsseis” (2 Coríntios 8.9).
A expressão seguinte usada pelo apóstolo Paulo nos
revela a atitude de Jesus ao chegar a este mundo dizendo que ele tomou “a forma de servo”, ou seja,
rebaixou-se do mais elevado posto para o mais baixo nível possível entre os
homens, como um escravo sem direitos, servindo de instrumento de serviço e forçado a fazer as coisas
mais árduas e degradantes, sem direito a descanso. Ao vir a este mundo Jesus
dispôs-se a servir como um instrumento nas mãos de seu Senhor. Ele foi
obediente, mostrou-se plenamente dedicado e produziu o que lhe foi determinado. Jesus trabalhou e sofreu, porém, cumpriu sua missão
e foi exaltado. Paulo conclui seu argumento nos dizendo que Jesus se fez “semelhante aos homens”, ou, como dito em outras traduções, Ele foi “reconhecido
em figura humana”, ou seja, tornou-se verdadeiramente um de nós.
Porque
Paulo nos chama a demonstrarmos o mesmo sentimento que encontramos em Jesus?
Para que jamais venhamos a pensar a respeito de nós mesmos além daquilo que
realmente somos.
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