DEVOCIONAL 22\11\2021 O APÓSTOLO JOÃO E SUA LUTA CONTRA O GNOSTICISMO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
22\11\2021
TÍTULO
O APÓSTOLO JOÃO E SUA LUTA CONTRA O
GNOSTICISMO
TEXTO
Encontramos na pessoa do
apóstolo João a figura mais longeva entre os apóstolos do Senhor, como também
aquela que mais enfrentou as muitas heresias que logo se formaram a fim de
atacar e destruir o puro evangelho de Cristo. Sua primeira epístola foi escrita
a fim de desmascarar a heresia apregoada pelos chamados mestres gnósticos, o
que se mostrou imprescindível a fim de preservar a verdade do evangelho, o que
faremos bem em entender e aplicar.
Como seu próprio nome
apresenta, os gnósticos davam grande valor ao “conhecimento”, que era obtido através das mágicas, cerimônias e
do misticismo gnósticos, e esse seria o grande meio da salvação anunciado por
eles, superando a fé anunciada pelo evangelho. Os gnósticos apresentavam-se
como seres impecáveis, dizendo que seu espírito não era contaminado pelos
pecados praticados pelo corpo, o que os tornava libertinos em sua moral. Eles dividiam
os homens em três grupos, o primeiro deles chamado de hílicos, que nunca seriam
capazes de se desvencilhar da matéria, perecendo junto com ela, não podendo ser
remidos; para eles haviam também os psíquicos, como por exemplo os profetas do
Velho Testamento, que obteriam alguma forma inferior de redenção; e,
finalmente, os pneumáticos, que seriam as almas humanas verdadeiramente
espirituais, e obteriam a completa redenção. Para os gnósticos Deus era um ser
isolado no mais alto céu, pois não poderia contaminar-se pelo contato com a
matéria, que na visão gnóstica era o princípio do pecado. Os gnósticos
ensinavam o “deísmo”, ou seja, Deus teria criado todas as coisas, mas não
teria contato direto com elas; Ele é intocável e inatingível, posição
absolutamente contrária ao cristianismo, que ensina e afirma que Deus não
somente criou todas as coisas, mas mantém um contato presente com sua criação,
agindo no curso da história humana. Os gnósticos também ensinavam que para ter
contato com o ser humano Deus estabeleceria uma longa sucessão de mediadores,
até que um deles entrou em contato com a matéria, fazendo mediação entre o
espírito e a matéria, havendo no sistema gnóstico muitos deuses, senhores e
mediadores. Os falsos mestres gnósticos tinham ensinado que Cristo era um destes
espíritos, mediadores angelicais entre Deus e os homens. Ensinavam que Jesus
era filho natural de José, e que seu poder se devia a uma descida temporária de
um espírito que teria vindo sobre ele na ocasião de seu batismo e o abandonado
na crucificação. Devido a isto alguns manuscritos posteriores chegam a dizer “Meu poder, meu poder, porque me abandonaste?”,
uma corrupção clara da conhecida declaração de Jesus. Deste modo eles atacavam
tanto a verdadeira divindade de Cristo como sua verdadeira humanidade.
O apóstolo João tratou de
liquidar de uma vez tais heresias utilizando-se de seu próprio testemunho como
discípulos e apóstolo de Jesus Cristo, afirmando tanto a divindade como a
humanidade perfeita de Jesus ao dizer “O QUE era desde o princípio, o que
ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas
mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e
vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais
comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos
escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra” (1 João 1.1 a 4). Em outras palavras, João testemunha que a pessoa de
Jesus Cristo é real, manifesta entre os homens por desígnio do próprio Deus a
fim de lhes revelar sua vida.
Verdadeiramente Jesus é a razão para que a alegria dos salvos seja
completa.
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