DEVOCIONAL 14\02\2022 UMA PARÁBOLA ANTIGA PARA CRENTES MODERNOS #3 O PERIGO MORTAL DOS DESEJOS INCONTROLADOS SALMO 78.21 A 31


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

14\02\2022

TÍTULO

UMA PARÁBOLA ANTIGA PARA CRENTES MODERNOS #3

O PERIGO MORTAL DOS DESEJOS INCONTROLADOS

SALMO 78.21 A 31

TEXTO

O atento leitor das sagradas Escrituras encontra no Salmo 78 um profundo entendimento dos fatos que se desenrolaram com o povo de Israel após sua libertação do cativeiro egípcio e sua longa jornada em direção a terra prometida. Neste salmo Asafe revela de forma didática as razões por detrás da rebeldia e desobediência demonstradas pelo povo de Deus mesmo diante dos sinais e maravilhas provados por eles. Asafe revela de forma clara a profunda impiedade deles ao registrar as palavras zombeteiras dirigidas a Deus após terem sua sede saciada pelas abundantes águas que brotaram da rocha Acaso pode Deus preparar-nos uma mesa no deserto?... Poderá também dar-nos pão, ou preparar carne para o seu povo?” (versos 19,20).

Quem dera a nação de Israel jamais tivesse se expressado de forma tão incrédula e desrespeitosa para com seu Deus, pois aquilo que o salmista registra demonstra a gravidade desta atitude ao dizer como Deus reagiu a tais palavras “Portanto o Senhor os ouviu, e se indignou; e acendeu um fogo contra Jacó, e furor também subiu contra Israel. Porquanto não creram em Deus, nem confiaram na sua salvação” (versos 21,22). A ira de Deus é plenamente justificada por Asafe ao lembrar das múltiplas formas pelas quais Deus havia revelado sua presença e poder em meio a eles, como quando lhes deu o maná “Ainda que mandara às altas nuvens, e abriu as portas dos céus, e chovera sobre eles o maná para comerem, e lhes dera do trigo do céu. O homem comeu o pão dos anjos; ele lhes mandou comida a fartar” (versos 23 a 25). Deus abriu os céus ao seu povo, desta vez não para derramar a chuva, mas sim o pão do céu que os alimentou fartamente durante toda a sua jornada. Jamais qualquer outra nação na terra provou de tal benção da parte de Deus.

Asafe também recorda a forma miraculosa pela qual o Senhor  lhes havia provido a carne que tanto desejavam, fazendo com que o vento oriental trouxesse a eles uma superabundância de aves, não somente reunindo-as em tal número, mas também as direcionando ao lugar específico a fim de alimentarem seu povo “Fez soprar o vento do oriente nos céus, e o trouxe do sul com a sua força. E choveu sobre eles carne como pó, e aves de asas como a areia do mar. as fez cair no meio do seu arraial, ao redor de suas habitações. Então comeram e se fartaram bem; pois lhes cumpriu o seu desejo” (versos 26 a 29). Neste banquete os filhos de Israel saciaram seu desejo até se fartarem, agindo como verdadeiros glutões, uma vez que Asafe diz deles que Não refrearam o seu apetite” (verso 30). Tal desenfreamento pecaminoso acendeu de tal forma a ira de Deus contra eles a fim de demonstrar-lhes que o Senhor não estava indiferente diante das demonstrações de impiedade de seu povo “Ainda lhes estava a comida na boca, quando a ira de Deus desceu sobre eles, e matou os mais robustos deles, e feriu os escolhidos de Israel” (versos 30,31).

Que tal exemplo nos sirva de alerta, como bem nos exorta o autor da epístola aos hebreus a referir-se a eles “Estes sempre erram em seu coração, e não conheceram os meus caminhos” (Hebreus 3.10).

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