Devocional 18\04\2021 UM CONVITE AS OVELHAS SEM PASTOR
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
18\04\2021
TÍTULO
UM CONVITE AS OVELHAS SEM PASTOR
TEXTO
Uma cena insólita é
narrada no sexto capítulo do evangelho segundo Marcos. Assim que os doze
discípulos de Jesus voltaram de sua missão as ovelhas perdidas da casa de Israel,
o Mestre tratou que descansassem, visto que a missão ordenada a eles havia de
tal forma os consumido, que nem ao menos encontravam tempo para se alimentarem
apropriadamente. Embarcando em um pequeno barco, rumaram para um lugar
solitário. Porém, a multidão em terra tratou de segui-los caminhando junto a
margem do lago, de tal forma que, ao chegarem ao lugar que Jesus havia
determinado, voltaram a encontrar ali as mesmas pessoas que antes haviam estado
com eles. Tal insólita situação permite a Marcos revelar o sentimento de Jesus
por seu povo, que via no Mestre a única fonte possível de alívio a suas
mazelas, “E Jesus, saindo,
viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como
ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas”
(Marcos 6.34). Não nos deve passar desapercebido o uso desta metáfora
pastoril por parte de Jesus ao referir-se aquelas pessoas. Há um ensino
precioso nesta verdade, que faremos bem em examinar.
Primeiramente, Jesus as
comparou a ovelhas sem pastor pelo simples fato que lhes faltava um pastor que
as conduzisse aos pastos e fontes de água que os nutriria satisfatoriamente. Os
líderes judaicos jamais gastariam seu tempo com uma multidão que nada podia
lhes acrescentar. A ganância religiosa daqueles dias excluía multidões de
pessoas incapazes de pagarem por seus favores. Ao encontrar o profeta nazareno,
eles encontraram também alguém que lhes concedia refrigério a suas mazelas,
como bem descreveu João “E Jesus lhes disse: Eu
sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca
terá sede” (João 6.35). Outro fator que condenava aquela multidão de
ovelhas perdidas a vagar sem rumo era a falta de um pastor que possuísse a
credibilidade necessária para conduzi-las nos caminhos de Deus. A religião
judaica era liderada por homens dispostos a alcançar seus objetivos egoístas a
qualquer preço. Pelas sanguinárias mãos daqueles homens os profetas enviados
pelo Senhor foram sistematicamente calados, como por fim intentaram fazer com
Jesus. Aquela multidão desorientada Jesus prometeu que não somente eles, como
também muitos outros, encontrariam a direção por meio de sua voz, como também
João registrou “Ainda tenho outras ovelhas que não
são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz,
e haverá um rebanho e um Pastor” (João 10.16).
Finalmente, a metáfora de Jesus encontra sentido no fato que faltava aqueles
homens e mulheres um pastor que os protegesse contra os inimigos de suas almas.
Aquela multidão era formada por pessoas jogadas de um lado para o outro segundo
os interesses políticos e gananciosos de seus líderes religiosos, sem jamais
lhes conferir bem algum. Aqueles pobres homens encontraram em Jesus alguém que
lhes prometia algo muito superior ao livramento de suas mazelas terrenas, Jesus
lhes prometia a segurança e conforto de seu reino celestial, como João
registrou “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão
de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28).
A grande lição que
aprendemos através do relato do evangelista Marcos encontrasse no fato que aquilo
que o bom pastor deu aquelas pessoas não estava relacionado a um novo sistema
religioso que corrigiria as falhas do judaísmo, Jesus ofereceu a si mesmo por
aquelas ovelhas sem pastor. Ele não os guiou a um novo sistema, mas a uma
pessoa, ele próprio. E para que ninguém jamais duvidasse de seu bom intento
para com elas, o Mestre mesmo registrou esta verdade, a fim de que toda ovelha
sem pastor possa buscar o refúgio verdadeiro “Eu
sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10.11).
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