DEVOCIONAL DIÁRIO 23\10\2022 INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO: O LIBERTINISMO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
23\10\2022
TÍTULO
INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO: O
LIBERTINISMO
TEXTO
Encontramos
nesta epístola aos filipenses e em outras porções dos escritos do apóstolo
Paulo o fato que ele enfrentou em seu ministério a oposição de dois grupos antagônicos
a sua mensagem, os quais pudemos chamar de judaizantes e libertinos.
Paulo já
havia citado os judaizantes, praticantes daquilo que chamamos de legalismo, no
terceiro capítulo desta epístola “Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus
obreiros, guardai-vos da cortadura” (Filipenses 3.2). Porém a atenção do
apóstolo se volta também ao segundo grupo, também presente na igreja em
Filipos, que deveria ser alvo de cuidado por parte dos salvos em Filipos, os
libertinos, citados nos versos 18 e 19.
Os judaizantes
eram em sua maior parte judeus itinerantes que visitavam as igrejas fundadas
pelo apóstolo Paulo e que também haviam chegado a Filipos. Os libertinos eram
gentios, ou seja, cidadãos romanos que viviam em Filipos e estavam presentes
dentro da igreja, a ponto do apóstolo se referir a eles dizendo “Porque muitos há”,
significando que um número considerável de pessoas em Filipos havia aderido a
este grupo, que se encontrava em meio a igreja, convivendo com ela. A influência
deste grupo em meio a igreja preocupava o apóstolo Paulo, a ponto de dizer “dos
quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando”. Paulo já
havia chamado a atenção dos filipenses quanto a estas pessoas, e agora voltava
ao mesmo assunto, pois sentia profundamente a influência destas pessoas na
igreja. Tal influência era de tal forma perniciosa, que causava no apóstolo uma
real apreensão por seus resultados. Por isso Paulo tratou de ser claro quanto a
natureza de tais pessoas, dizendo “que são inimigos da cruz de Cristo”,
uma vez que negavam e rejeitavam os benefícios da morte de Cristo na cruz. A
atitude deles eram contrárias aquilo que a cruz representava, pois não
crucificaram a carne com seus feitos, não morreram para o mundo, não
abandonaram suas práticas imorais e ainda atacavam a mensagem da cruz ensinada
por Paulo. Por esta razão o apóstolo diz deles “Cujo
fim é a perdição”,
demonstrando que o término da vida de tais pessoas é a perdição eterna e que
elas estão enganadas quanto a segurança de sua salvação, uma vez que o deus que
adoram “é o ventre”, ou seja, eles eram literalmente guiados pelos
apetites de seus corpos, uma vez que seus desejos eram seu deus, como também se
vangloriavam de sua conduta imoral “cuja glória é para
confusão deles”. Aqueles homens exibiam sua imoralidade como um troféu,
como algo glorioso, sendo literalmente dominados pelo amor a este mundo,
a ponto de Paulo se referir a eles dizendo “que só pensam
nas coisas terrenas”.
Devemos
entender que a palavra usada para designar o libertinismo é antinomianismo,
que literalmente sem lei, ou seja, o oposto do legalismo. Esta palavra indica a
doutrina e atitude que promove a ideia que não há nenhuma lei moral a que o
cristão necessita obedecer, tendo por base o pensamento de que o evangelho
coloca os cristãos debaixo de uma lei muito superior à mosaica, a lei do
Espírito. Ao fazer isso tal ensino despreza totalmente a doutrina bíblica da
santificação, de forma que devemos nos apegar a verdade ensinada pelo apóstolo
Paulo aos gálatas “Porque, vós, irmãos, fostes chamados a liberdade. Não
useis então da liberdade para dar ocasião a carne, mas servi-vos uns aos outros
pelo amor” (Gálatas 5.13).
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