DEVOCIONAL 13\03\2022 O SALMO 79 E A VINDICAÇÃO DO NOME DO SENHOR DIANTE DO SOFRIMENTO DE SEU POV

 

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

13\03\2022

TÍTULO

O SALMO 79 E A VINDICAÇÃO DO NOME DO SENHOR DIANTE DO SOFRIMENTO DE SEU POVO

TEXTO

O atento leitor das sagradas Escrituras encontra neste salmo de lamentação escrito por Asafe a narrativa piedosa deste servo de Deus diante da cruel opressão exercida contra Israel pelos seus inimigos em tal intensidade que apenas podemos identifica-lo com a invasão babilônica que antecedeu o cativeiro de Judá.

O salmista começa seu relato pela descrição dos horrores que se abateram sobre Judá, assemelhando-se seu rogo com um grito de socorro Ó DEUS, os gentios vieram à tua herança; contaminaram o teu santo templo; reduziram Jerusalém a montões de pedras” (verso 1). A selvageria dos caldeus fora tamanha que não se contentaram em conquistar a terra, eles haviam também destruído o templo e reduzido a cidade de Jerusalém a escombros. Sua desumanidade incluía o morticínio incontrolado da população indefesa em tal número que seus cadáveres atraíram os animais de rapina, como bem descreve o salmista “Deram os corpos mortos dos teus servos por comida às aves dos céus, e a carne dos teus santos às feras da terra” (verso 2). Naquela ocasião o sangue do povo judeu embebeu a terra, tendo seus corpos insepultos como testemunha da barbárie “Derramaram o sangue deles como a água ao redor de Jerusalém, e não houve quem os enterrasse” (verso 3). Tal cena foi motivo de regozijo aos inimigos de Judá “Somos feitos opróbrio para nossos vizinhos, escárnio e zombaria para os que estão à roda de nós” (verso 4).

Diante de tamanho mal, resta ao salmista clamar ao Senhor “Até quando, SenhorAcaso te indignarás para sempre? Arderá o teu zelo como fogo?” (verso 5). Ele contrasta a sorte do povo de Deus com a realidade das nações pagãs, que desprezavam a lei do Senhor, pedindo que eles também sofressem juízo “Derrama o teu furor sobre os gentios que não te conhecem, e sobre os reinos que não invocam o teu nome. Porque devoraram a Jacó, e assolaram as suas moradas” (versos 6,7). Reconhecendo a justiça de Deus contra os pecados de seu povo, o salmista pede que o Senhor venha em seu socorro “Não te lembres das nossas iniquidades passadas; venham ao nosso encontro depressa as tuas misericórdias, pois já estamos muito abatidos” (verso 8). Ele reconhece que não há outro remédio a não ser a salvação do Senhor “Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome; e livra-nos, e perdoa os nossos pecados por amor do teu nome” (verso 9). Asafe se demonstra incomodado com o escárnio de seus inimigos contra o nome do Senhor “Por que diriam os gentios: Onde está o seu Deus?”, de forma que roga o livramento do Senhor sobre seu povo, assim como o castigo das nações pagãs “... segundo a grandeza do teu braço preserva aqueles que estão sentenciados à morte. E torna aos nossos vizinhos, no seu regaço, sete vezes tanto da sua injúria com a qual te injuriaram, Senhor” (versos 11,12).

Tipicamente como se encerram os salmos de lamentação, Asafe faz conhecida sua nota de louvor ao Senhor, incluindo seu voto de fidelidade ao Deus de Israel, dizendo “Assim nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração cantaremos os teus louvores” (verso 13). Aprendemos com o salmista que, mesmo em meio as mais difíceis tribulações, nossos olhos devem estar postos sempre no Senhor, o único que pode restaurar nossa vida.

 


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