DEVOCIONAL 14\03\2022 DUAS ALMAS, DOIS DESTINOS: NADA PODE SER ESCONDIDO DE DEUS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
14\03\2022
TÍTULO
DUAS ALMAS, DOIS DESTINOS: NADA PODE
SER ESCONDIDO DE DEUS
TEXTO
É
bem conhecida dos leitores bíblicos a narrativa empreendida pelo evangelista
Marcos no nono capítulo de seu evangelho ao tratar do encontro de Jesus com um
homem que se fazia acompanhar de seu filho, atormentado pela possessão
demoníaca de seu corpo. Da mesma forma a narrativa registrada no décimo
capítulo deste evangelho é conhecida pela figura destacada de um homem que
também se encontra com Jesus, porém em uma condição muito diferente de nosso
primeiro personagem. Temos diante de nós dois homens, os quais provaram de
destinos absolutamente diferentes, cujas razões faremos bem em examinar.
Passemos
primeiramente as credenciais dos dois personagens apresentados a nós pelo
evangelista Marcos. Do primeiro é revelado por seu próprio pai seu estado
lastimável causado pela possessão demoníaca que tanto mal lhe afligia, segundo
a narrativa do pai “E este,
onde quer que o apanhe, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai
definhando” (Marcos 9.18). Tal cena se
reveste de tal espetáculo de horrores que nada mais precisa lhe ser
acrescentada. O filho deste homem é a própria imagem
crua do sofrimento, tendo o pecado e os demônios dominar sua vida, tendo ainda
pouco tempo de vida antes de partir para a eternidade. Já o segundo homem nos
apresentado pelo evangelista nos parece ser alguém disposto e sincero, pronto a
tornar-se um fervoroso discípulo de Jesus, fato reconhecido pela forma como
Marcos registra seu encontro com o Mestre “E, pondo-se a caminho, correu para ele um
homem, o qual se ajoelhou diante dele” (Marcos 10.17). Seu diálogo com Jesus
revela-nos um homem profundamente religioso, algo visível pela forma como
respondeu a indagação do Senhor, que lhe disse “Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não
furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e
a tua mãe. Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde
a minha mocidade” (Marcos 10.19,20).
Em seu evangelho, Lucas descreve que ele era um jovem rico, educado e
religioso. Alguém em que aparentemente
não há nada de errado com sua vida, nenhum pecado, nenhuma mancha. Sua conduta
exterior é invejável e seu desejo pela vida eterna elogiável.
A narrativa que revela o
encontro com Jesus destes dois homens tão diferentes deve nos levar a uma
sincera indagação: como temos nos apresentados diante de Deus? Temos revelado a
ele nossa real situação, com nossas dores e sofrimentos, ou buscamos revelar
nossa melhor imagem ao nos aproximarmos do Senhor, escondendo nossas falhas a
semelhança de nossos primeiros pais, como nos é narrado no livro de Gênesis “Então foram abertos os olhos de ambos, e
conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si
aventais” (Gênesis 3.7). Por
mais populares que os filtros de imagens sejam em nossos dias, permitindo que a
tecnologia digital aja em nosso favor, escondendo imperfeições e revelando apenas
o que desejamos transmitir, a realidade no terreno espiritual é que não há
filtros suficientemente poderosos a ponto de iludir ou ludibriar a Deus, fato
que nos é revelado pelo autor da epístola aos hebreus ao nos dizer “E
não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas
e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hebreus
4.13).
Não há como iludir ao
Senhor.
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