Devocional 19 de julho\2020 O CARÁTER DE DEUS E A CERTEZA DA SALVAÇÃO

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

19\07\2020

TÍTULO

 O CARÁTER DE DEUS E A CERTEZA DA SALVAÇÃO

TEXTO

Gênesis 15.7 a 12, 17,18

7. Disse o Senhor a Abrão: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te a ti esta terra, para herdá-la.

8. E disse ele: Senhor Deus, como saberei que hei de herdá-la?

9. E disse-lhe: Toma-me uma bezerra de três anos, e uma cabra de três anos, e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho.

10. E trouxe-lhe todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra; mas as aves não partiu.

11. E as aves desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava.

12. E pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que grande espanto e grande escuridão caiu sobre ele.

17. E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades.

18. Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates;

Uma das verdades mais básicas e atacadas do evangelho, é retratada nesta passagem.

Deus havia prometido ao patriarca Abrão que a partir dele se levantaria uma grande nação, possuidora de seu próprio território, e que o princípio desta nação seria um filho gerado por Abrão e Sarai, sua mulher. Com o passar dos anos, Abrão e Sarai envelheceram, fazendo com que Abrão questionasse a veracidade da promessa de Deus “Senhor Deus, que me hás de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo de minha casa é o damasceno Eliézer?”, ao que o Senhor lhe respondeu “Este não será o teu herdeiro; mas aquele que de tuas entranhas sair, este será o teu herdeiro”. Então Deus mostra os céus a Abrão, as incontáveis estrelas, e promete a Abrão que assim seria sua descendência. A resposta de Abrão foi crer em Deus. Como que procurando uma garantia, Abrão levanta a questão “Como saberei que hei de herda-lá?”. E então acontece uma das mais extraordinárias manifestações de Deus ao homem. O Senhor aceita fazer com Abrão um pacto segundo o costume dos homens daquela terra. Cinco animais serão sacrificados e divididos ao meio, sua partes serão colocadas frente a frente, formando um corredor entre elas. O costume era que, ao passarem por entre aquelas partes, os pactuantes se comprometiam, ao preço de sua própria vida, a cumprir o que estava sendo prometido, ou seja, Deus e Abrão pasariam entre aqueles animais mortos, selando o pacto. Porém não é isso que ocorre. Ciente da incapacidade de Abrão em conquistar a promessa, Deus faz cair sobre Abrão um pesado sono, lhe revelando fatos que se dariam com a grande nação provinda dele, e eis que os versos 17 e 18 dizem: E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades. Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão”. Deus simbólicamente passou sozinho por entre aqueles animais sacrificados, ou seja, a promessa feita a Abrão era incondicional, dependia apenas de Deus, e não de Abrão, para que fosse cumprida. Deus daria a terra prometida a Abrão e sua descendência independente de méritos ou obras daqueles homens.

Infelizmente, uma das mais nefastas consequências da entrada do pecado na raça humana, foi cega-la para a realidade terrível de sua condição. Não sendo capaz de discernir o enorme problema causado pelo pecado e sua própria incapacidade de mudar esta realidade, o ser humano deseja trilhar seu próprio caminho para o céu a partir de seus próprios méritos. Foi para corrigir esta falsa noção que o apóstolo Paulo escreveu aos efésios Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8,9).

 

Uma das consequências de conceder ao homem participação em sua própria salvação através de seus méritos, é que o homem passa a ser também um garantidor desta salvação. Uma vez que seus seus méritos sejam perdidos, sua salvação estará ameaçada.

 

Graças a Deus que também na cruz vemos o mesmo princípio usado por Deus em seu pacto com Abrão. A salvação não é uma conquista dividida entre o homem e Deus, sua garantia esta no fato que ela foi completamente realizada por Jesus Cristo, sem necessidade de ser complementada pelos esforços humanos. Sabendo de nossa incapacidade, o Senhor Jesus Cristo enfrentou o julgamento da cruz de forma solitária em nosso lugar, cumprindo totalmente as exigências de Deus em relação ao perdão de nossos pecados e efetuando o pagamento total de nossa dívida “...mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hebreus 9.12). Sua  ressurreição foi a confirmação de que Deus estava satisfeito com o pagamento efetuado por Jesus Cristo “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Romanos 4.25).

 

Todo aquele que crê em Jesus Cristo como seu salvador descansa na certeza de sua salvação, que nunca será perdida, nem pode ser retirada e muito mesmo anulada, uma vez que depende única e exclusivamente de Jesus Cristo, pois é uma promessa incondicional da parte de Deus. “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8.38,30).

 

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