Devocional 22 de julho\2020 A FÉ REVELA-SE NA HUMILDADE
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
22\07\2020
TÍTULO
A FÉ REVELA-SE NA HUMILDADE
TEXTO
Mateus 15.21 a 28
21. E, partindo Jesus
dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom.
22. E eis que uma
mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho
de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente
endemoninhada.
23. Mas ele não lhe
respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando a ele, rogaram-lhe, dizendo:
Despede-a, que vem gritando atrás de nós.
24. E ele, respondendo,
disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
25. Então chegou ela,
e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!
26. Ele, porém,
respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos
cachorrinhos.
27. E ela disse: Sim,
Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus
senhores.
28. Então respondeu
Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso
feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.
Quantas lições preciosas
estão contidas neste precioso relato.
Primeiramente, voltemos
nossas atenções para a nacionalidade desta mulher que interpela o Senhor Jesus.
A região de Tiro era limítrofe a Galiléia, e localiza-se no atual território do
Líbano. Ao chama-la de mulher cananéia, Mateus a liga aos povos que Josué
expulsou da Terra Prometida, e que desde esta época se centralizavam na região
de Tiro. O povo desta mulher não somente nutria histórica rivalidade com os
judeus como também era desprezado por estes. Mas é exatamente ao mestre judeu
que ela dirige seu rogo. Jamais pense que o poder de Jesus é limitado a uma
raça ou povo, sua graciosa ajuda atingiu aqueles a quem a religião judaica
desprezava, como Maria Madalena, Zaqueu e esta simples mulher.
Um olhar superficial a
este relato revela algo chocante em relação a reação do Mestre para com esta
mulher. A resposta inicial de Jesus a necessidade daquela mulher, cuja filha
encontrava-se enferma, foi inicialmente de silêncio, a ponto de seus discípulos
rogarem que ele lha desse alguma resposta, a
fim de fazer cessar sua
balbúrdia. Quebrando o silêncio, Jesus responde de forma pouco encorajadoura “Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel”, o que levou a mulher a avançar ainda mais em
seu rogo, agora diante do próprio Mestre “Senhor, socorre-me!”. Quando então pensamos
que o Salvador atenderá seu pedido, o que ouvimos dele é “Não é bom pegar
no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos”.
Há algo na fala do Mestre
que pode passar desapercebido por muitos de nós. Ao comparar a mulher e seu
povo a “cachorrinhos”, o Mestre não está sendo rude ou insensível. A expressão
é um diminutivo afetuoso, empregado para os cachorrinhos de estimação,
literalmente “de colo”. A mulher logo entendeu o encorajamento dado a ela nas
palavras do Mestre e sua expressão é de total concordância e regozijo “Sim, Senhor, mas também os
cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores”. Ela está se regozijando por ser um destes cachorrinhos, que, apesar de seu
tão pequeno valor, recebem amor e afeto de seu senhor.
Antes de qualquer outro
significado, a palavra que acompanha a fé é humildade. Que sejamos capazes de
não somente enxergar nossa pequenez, mas também a a imensurável majestade e
gloria de nosso Salvador.
João Batista disse “Convém que Ele
cresça, e que eu diminua”.
Que a humilde desta
simples mulher seja encontrada em nós também.
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