Devocional 26 de julho\2020 VOCÊ TEME O PECADO PARA MORTE?
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
26\07\2020
TÍTULO
VOCÊ TEME O PECADO PARA MORTE?
TEXTO
Em 1 João 5.16,17 “Se alguém vir pecar seu
irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não
pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda a
iniquidade é pecado, e há pecado que não é para morte”.
Diversas interpretações
que tem sido dadas a este texto:
Alguns intérpretes
entendem que o pecado aqui citado seria o cometido pelos mestres gnósticos ao
rejeitar o correto ensino sobre a pessoa do Senhor Jesus.
Outros aludem ao texto do
evangelho de Mateus capítulo 12 e entendem que o “pecado para a morte” seria o pecado contra o
Espírito Santo citado ali “E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á
perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado,
nem neste século nem no futuro”.
Já a doutrina romanista, ao separar os pecados em classes, admite os
pecados mortais (para os quais não haveria perdão e seriam muito difíceis de
expurgar) e pecados veniais (facilmente expurgados através de algum ritual).
A única forma de
chegarmos a um consenso seguro é permitir que a própria Bíblia interprete seu
ensinamento.
Iniciemos pelo Velho
Testamento. Percebemos que a Lei Mosaica aplicava a pena capital a determinados
pecados e a outros não. Em Números 12.27 lemos “E, se alguma alma pecar por ignorância, para
expiação do pecado oferecerá uma cabra de um ano”; porém, já o verso
30 diz “Mas a pessoa que
fizer alguma coisa temerariamente, quer seja dos naturais quer dos
estrangeiros, injuria ao Senhor; tal pessoa será extirpada do meio do seu
povo”.
Nestes versos claramente se entende que não estava em julgamento a gravidade do
ato, mas sim a percepção da iniquidade, quando cometida de forma deliberada,
consciente, com pleno entendimento do que se está fazendo, como foi o caso de
Acã em Josué capítulo 7.
Já no Novo Testamento encontramos o caso de Ananias e Safira em Atos
capítulo 5. A semelhança do que fizera Barnabé, aquele casal, havendo vendido
uma propriedade, reteve uma parte do valor, entregando o restante aos apóstolos.
Tornado ciente pelo Espírito Santo do que acontecera, a sentença pronunciada
por Pedro foi imediata “Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para
que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?
Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que
formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E
Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre
todos os que isto ouviram” (Atos
5.3 a 5). Mais uma vez encontramos alguém consciente de seu erro e sem
disposição de abandona-lo.
Assim entendemos
que o pecado para morte não é um ato específico em si, mas sim uma conduta
obstinada em manter-se conscientemente na prática do pecado sem dar ouvidos a
exortação da Palavra de Deus, ou seja, o pecado encoberto e não abandonado. Ao
exortar a igreja ao auto exame precedente a ceia do Senhor, o apóstolo Paulo
nos instrui “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim
coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e
bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o
corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e
doentes, e muitos que dormem” (1 Coríntios 11.28 a 30). Deus tem
tirado a vida de muitos de seus filhos devido a obstinação em manterem-se no
pecado.
Qual o remédio para essa tão
terrível advertência?
O apóstolo João no
diz “MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que
não pequeis; (1 João 2.1). Mantenha-se o mais longe
possivel do pecado. Jamais considere qualquer ato pecaminoso como algo
insignificante, quem julga a gravidade de um pecado é Deus, pelo padrão da sua
santidade, e não nós, pelo relativismo de nossa vontade. Ciente de nossa imperfeição, o apóstolo João nos
garante “...e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus
Cristo, o justo”. Há em Jesus Cristo abundante provisão
para a restauração da comunhão com Deus. Este é um encorajamento para
resolvermos o problema de nossos atos pecaminosos em Cristo Jesus, não
permitindo que o pecado firme suas raízes em nosso coração.
“Aquele que encobre as suas transgressões jamais prosperará, mas aquele
que as confessa e deixa alcancará misericórdia” (Provérbios 28.13).
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