Devocional 02 de agosto\2020 O REVERSO DA GRATIDÃO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
03\08\2020
TÍTULO
O REVERSO DA GRATIDÃO
TEXTO
Em Ezequiel capítulo
16 verso 17 lemos “E tomaste
as tuas jóias de enfeite, que eu te dei do meu ouro e da minha prata, e fizeste
imagens de homens, e te prostituíste com elas”.
Neste texto o Senhor protesta
contra as abominações vistas em meio a seu povo. Deus havia abençoado seu povo
com toda sorte de bençãos, eles se tornaram prósperos e viviam em paz. Porém
aquilo que lhes devia servir de bem foi usado para o mal da forma mais ímpia
possível. Eles trocaram o Senhor pelas bençãos, ergueram ídolos em seus
corações e se afastaram de Deus.
Este enredo não é estranho na
história do povo de Israel. Quando faraó permitiu que deixassem a terra do
Egito, Moisés lhes ordenou que pedissem bens valiosos, como vemos em Êxodo capítulo 12 versos 35 e 36 “Fizeram, pois, os
filhos de Israel conforme à palavra de Moisés, e pediram aos egípcios joias de
prata, e joias de ouro, e roupas. E o Senhor deu
ao povo graça aos olhos dos egípcios, e estes lhe davam o que pediam; e despojaram aos egípcios”. Não se passou muito tempo, e enquanto Moisés
se encontrava no monte recebendo de Deus a sua lei, eis a serventia que
encontraram para aqueles bens, como vemos em Êxodo capítulo 32 versos 2 a 4 “E Arão lhes disse: Arrancai os pendentes de ouro,
que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos filhos,
e de vossas filhas, e trazei-mos. Então todo o povo arrancou os
pendentes de ouro, que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram
a Arão. E ele os tomou das suas mãos, e trabalhou o ouro com
um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu
deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito”. No Novo Testamento o mais conhecido registro deste
comportamento é encontrado em Lucas capítulo 15 versos 12 e 13 “E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos
bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E,
poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra
longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente”. O
imaturo jovem, demonstrando desprezo todo seu desprezo, deseja receber aqui que
julga ser seu de direito. Tendo em suas mãos o que deseja, parte para o mais
distante possível usufruindo das bençãos concedidas pelo pai de forma desonrosa
e iníqua.
Quantas vezes os filhos de Deus
apresentam o mesmo proceder. Abençoados pelo Pai, se utilizam das próprias
bençãos para satisfazer seus desejos carnais e egoístas. Julgando Deus como
algo descartável, viram suas costas a Ele, aliando-se a seus inimigos e
desprezando seu amor e bondade, esquecendo-se que o que são e o que possuem são
resultado daquilo que Deus fez por eles.
Os filhos de Deus precisam se
precaver contra este comportamento. Creio que a oração de Agur em Provérbios
capítulo 30 nos sirva de bússola “Duas coisas te
pedi; não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra
mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha
porção de costume; Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a
dizer: Quem é o Senhor? Ou
que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão”.
Que tal ensinamento nos sirva de
alerta, e que as palavras do salmista sejam suficientes para nos encorajar “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (Salmos
capítulo 103 verso 2).
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