Sermão DESPREZANDO O MAIOR PRIVILÉGIO DO MUNDO

 TEMA

SANTIFICAÇÃO

TÍTULO

DESPREZANDO O MAIOR PRIVILÉGIO DO MUNDO

TEXTO

1ª João 1:5 a 10 E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: Que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”.

INTRODUÇÃO

Nos versos anteriores o Apóstolo João introduziu a idéia de comunhão e alegria como resultado da obra redentora de Cristo.

Mateus 11.28 a 30

28. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

29. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.

30. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

Neste trecho de seu livro o Apóstolo João apresenta as condições e bases desta comunhão.

O PROBLEMA

A comunhão que provamos com nosso Deus é resultado direto do sacrifício de Jesus Cristo na cruz.

Porém está preciosa comunhão é quebrada quando permito que atos pecaminosos se façam presentes m minha conduta.

PROPOSIÇÃO

Nossa fé e obediência a verdade permitem que a preciosa comunhão com Deus seja vivida e mantida.

O CONTEXTO DESTA PASSAGEM

Neste trecho o Apóstolo João refuta os seguintes pensamentos heréticos ensinados em seu tempo e que também nos atingem em nossos dias

1.      Que Deus está distante dos homens, recolhido em seu trono inalcançável (deísmo).

1 João 1.1,2 O QUE era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada)”.

2.      Que o ser humano é impecável, que o espírito humano não é atingido pelos pecados praticados pelo corpo. Eles usavam o exemplo que o ouro mergulhado no barro não era corrompido por este.

1 João 1.10 Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”.

3.      Negavam a validade da obra expiatória de Cristo, ensinando que um “aeon, um espírito, se apoderara de Jesus quando do seu batismo e o deixara quando da crucificação.

1 João 2.2 E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”.

I)                  A BASE DA NOSSA COMUNHÃO COM DEUS

E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: Que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Luz refere-se à natureza de Deus

1.      Deus não é uma luz ou a luz, Ele é Luz em sua essência.

1 João 1:5 “Deus é luz

1 João 4:16 “Deus é amor”

João 4:24 “Deus é espírito

2.      Luz refere-se ao caráter moral de Deus, sua bondade, pureza, santidade e retidão.

Deus é a essência de todas essas qualidades. Deus é o padrão da justiça e retidão, da santidade.

a.      Deus é luz pura, onde não habita o pecado

 

1.      Não há nenhuma tendência para o pecado na pessoa de Deus

2.      Em Deus as virtudes existem e são manifestas sem mescla com qualquer forma de mal.

 

b.      Para termos comunhão com Deus é exigido esta mesma qualidade em nós

1 Pedro 1:15,16 “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo”.

Levítico 11:44 “Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto vós vos santificareis, e sereis santos, porque eu sou santo;

Hebreus 12:14 “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.

1 Tessalonicenses 4:3 “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação”.

c.       O que Deus fez para que esta comunhão fosse possível

Termo grego “agiasmos” que significa consagração, separação, santificação.

Refere-se ao processo iniciado quando da conversão:

1.      Ele nos declarou santos, é algo que Ele faz por nós

Romanos 3:24 “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus”.

1 Coríntios 1:2 “À igreja que está em Corínto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos”.

Na salvação o Espírito Santo vem habitar no crente, regenerando, dando vida e separando-o para Deus, o santificando.

2.      Em nós o Espírito Santo opera o processo de nos tornar como Cristo

A santificação é o desenvolver contínuo no crente da justiça que Deus implantou nele na salvação.

Na justificação Deus fez tudo por nós, por meio da fé recebemos a salvação por sua graça.

Na santificação diária nosso esforço e diligência se faz necessário, pois somos ordenados a vigiar, lutar, labutar, obedecer.

Efésios 5:25,26 “Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,”.

II)       COMO PODEMOS DESPREZAR ESTE IMENSO PRIVILÉGIO

1ª SITUAÇÃO: PROFESSARMOS COMUNHÃO COM DEUS E ANDARMOS EM TREVAS.

1 João 1:6Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade”.

O Senhor Jesus nos mostro esta triste realidade

Mateus 7:21 a 23 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios?  E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.

Paulo já havia alertado sobre esta condição

Tito 1:16 Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra”.

João 3:19,20 “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas”.

Resultado: “mentimos e não praticamos a verdade”

João 3:21 “Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus”.

A verdade não é teórica, mas prática.

2ª SITUAÇÃO: NÃO RECONHECERMOS QUE POSSUÍMOS UMA NATUREZA PECAMINOSA, V. 8

1 João 1:8 “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”.

Aqui o verso se refere a nossa natureza pecaminosa.

Em décadas passadas alguns crentes passaram a ensinar a doutrina conhecida como “erradicação da natureza adâmica”, em que apregoavam que haviam atingido a perfeição através de não pecarem mais em sua vida terrena, pois o Espírito Santo havia tirado deles a natureza pecaminosa.

1.      Não pecar deve ser o alvo de todo crente, mas sabemos que enquanto neste corpo isto não é possível.

2.      Não há exemplos vivos de alguém que tenha atingido este modo de vida. O que temos são pessoas que reduziram o conceito de pecado e se imaginaram livres deste.

Ao pensarmos desta forma estamos apenas no auto iludindo:

1 João 1:8 “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”

Estes indivíduos se tornam impecáveis apenas a seus próprios olhos e de alguns poucos, mas não aos olhos perfeitos de Deus.

Gálatas 5:17,18 “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis”.

É dever do cristão buscar com todas suas forças a santificação presente

a.      3ª SITUAÇÃO: NÃO RECONHECERMOS QUE PECAMOS, V. 10

1 João 1:10 “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”.

Aqui o verso se refere a atos pecaminosos.

A Palavra de Deus estabelece todos os homens como pecadores:

Romanos 2:1 “Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo”.

Romanos 3:19 “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus”.

Romanos 3:23 “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.

Quando não enxergamos pecado em nós acontece o que Cristo previu:

Mateus 6:23 “Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas”.

Desta forma, ao não reconhecer o que Deus estabelecia, os gnósticos faziam Deus mentiroso.

1 João 1:10 “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”.

A prática dos gnósticos demonstrava que eles não conheciam a Deus.

1 João 1:10 “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”.

CONCLUSÃO

Os gnósticos não tinham como ter comunhão com Deus porque não reconheciam o que impedia esta comunhão: o pecado.

Isaías 59:2 “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”.

Porém nosso Deus providenciou em Cristo o remédio:

1 João 1.9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”.

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