Sermão A FILOSOFIA DE DEUS
TEMA
VIDA
CRISTÃ, OBEDIÊNCIA E SUBMISSÃO A CRISTO
TÍTULO
A
FILOSOFIA DE DEUS
TEXTO
Lucas
15.11 a 32
PROPOCISÃO
Esta parábola nos ensina
como tantas pessoas tem uma ideia distorcida sobre Deus.
A importância de
entendermos os princípios das ações de Deus e agirmos de acordo com eles.
INTRODUÇÃO:
O significado da palavra
Filosofia é o amor ao conhecimento, o estudo dos problemas da vida, das razões
porque as coisas são assim.
Segundo o entendimento
humano o filósofo busca o conhecimento de si mesmo, porém nós, filhos de Deus,
buscamos o conhecimento de Deus e o reconhecemos como mais altos que os nossos.
A Filosofia de Deus é o
modo que leva Deus a agir como age.
E em Lucas 15 Jesus é
indagado por causa das suas ações.
1. Porque Jesus deu esta parábola aos
fariseus e publicanos? É a sua resposta a acusação dos fariseus.
Lucas 15.1,2 “E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores
para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: ESTE RECEBE PECADORES, E COME COM ELES”.
Tanto as parábolas da
ovelha perdida e da dracma perdida quanto está sobre a atitude do pai ao
receber seu filho perdido são ILUSTRAÇÕES DA FORMA DE AGIR DE DEUS.
Como pode Jesus receber
pecadores? Ele os recebe com a mesma alegria que o pastor de ovelhas encontra
sua ovelha desgarrada e que a dona de casa encontra sua moeda perdida. A mesma
alegria que o pai teve ao receber de volta seu filho perdido.
Estas parábolas são uma
grande demonstração da divindade de Cristo porque demonstra sua atitude para com
os pecadores, atitude que só Deus pode demonstrar.
2. É importante ressaltar a forma como a
parábola foi ouvida pelos seus ouvintes primários: tudo ali, menos a reação do
filho mais velho, lhes causa escândalo.
LHES CAUSA
ESCÂNDALO A ATITUDE DO FILHO MAIS NOVO COM SEU PAI, seu
desprezo para com ele, punido com morte pela Lei de Moisés
LHES CAUSA
ESCÂNDALO A APARENTE FALTA DE ATITUDE DO PAI para com seu filho
rebelde.
LHES CAUSA
ESCÂNDALO A MANEIRA INCONDICIONAL QUE O PAI RECEBE SEU FILHO rebelde
após toda sua iniquidade.
MAS NÃO LHES
CAUSA ESCÂNDALO A REAÇÃO DO FILHO MAIS VELHO AO SABER DA ATITUDE DO PAI.
Para eles essa atitude era justificada.
TRANSIÇÃO:
O texto nos dá três
momentos distintos em que podemos contemplar a ação de Deus com seus filhos
Ø A
partida de um filho rebelde
Ø O
regresso de um filho arrependido
Ø A
reação de um filho maduro a ação do pai
Em tudo isto vamos
procurar entender porque Deus age da forma que Ele age.
I)
A PARTIDA DE UM FILHO REBELDE E A REAÇÃO DO PAI
Lucas 15.11,12 “E
disse: Um certo homem
tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a
parte dos bens que me pertence...”.
a. A atitude do filho mais moço
Três questões neste
pedido feito pelo filho mais jovem causaram grande choque e escândalo aos
homens que ouviram esta história:
Ø Tratou seu pai como um homem morto
O pedido feito inclui a
divisão dos bens do pai entre os filhos.
A divisão da terra entre
ele e seu irmão se daria naturalmente após a morte do pai, mas ele pediu que o
pai fizesse isso naquele momento.
O pai podia fazer a
partilha de sua herança entre seus filhos quando bem entendesse, porém a posse
só se daria após a morte do pai.
Como filho mais moço ele
tinha direito a um terço dos bens, dois terços seriam de seu irmão mais velho
por direito de primogenitura.
Ø Não se preocupou com a subsistência
de seu pai
Além de pedir para o pai
fazer a divisão dos bens o jovem também pediu para que transferisse a ele
imediatamente o direito de se desfazer da propriedade.
Ele queria converter a
terra em dinheiro, privando seu pai do sustento de parte da produção da terra.
A Lei também determinava
que a terra poderia ser vendida pelo filho que a recebeu por herança, porém o
comprador só tomaria posse após a morte do patriarca daquela família.
A terra deveria servir
para o sustento do pai enquanto estivesse vivo.
Ø Rompeu sua relação com o pai e com
suas origens
Assim que foi atendido em
seus dois pedidos o filho tratou de afastar-se de seu pai, irmão, comunidade e
país.
APLICAÇÃO
Esta narrativa expressa
tal nível de desrespeito que nenhum outro escrito do Oriente Médio, desde os
tempos antigos até hoje, relata algo parecido.
TUDO QUE FOI
NARRADO AQUI É INCONCEBÍVEL.
Ao ouvirem está parábola
os ouvintes de Jesus devem ter ficado chocados e escandalizados.
b. A reação do pai
Os primeiros ouvintes
desta parábola com certeza esperavam daquele pai uma reação de explosão em ira
e de castigo contra um filho que o ousa tratar com tanta ingratidão e
desrespeito.
Contudo o que vemos?
1. Respeita a escolha de seu filho
2. Não tem uma atitude possesiva nem
autoritária
3. Silencia, não se vê murmuração por
parte do pai
4. Esconde sua decepção
APLICAÇÃO
1. Ainda nos causa escândalo a forma
como muitos filhos de Deus tratam seu Pai Celestial?
Ø Em
algum momento Deus nos deu motivos para desonra-lo?
Ø Por
vezes até mesmo os descrentes se escandalizam pela forma como filhos de Deus
dão as costas ao seu Pai, a igreja e as suas origens.
Ø O
real problema dele era sua forma de relacionar-se com o pai, ele sempre
valorizou o que o pai possuía e não seu relacionamento com o pai.
2. Não se engane: Deus jamais obriga
alguém a ficar do lado dele, você é livre para partir.
Ø Possivelmente
aquele jovem revelou seu plano a amigos moradores daquele lugar, e deve ter
ouvido conselhos para não realizar seu intento, mas não os ouviu.
Ø Pense
que pode ter havido algum pedido por mais liberdade para agir como ele pensava
ou como desejava, mas não ouve uma proposta de negociação para que ficasse.
CONCLUSÃO
É assim que muitos
partem, apesar dos conselhos e dos rogos decidem ir.
Nem Deus nem a igreja
despede seus filhos e crentes, eles decidem partir, apesar de tudo o que Deus já
fez por eles.
II)
O RETORNO DO FILHO REBELDE
Lucas 15.18 “Levantar-me-ei,
e irei ter com meu pai”.
a.
A COLHEITA DO FILHO EM REBELDIA
Ø Ele passou pela fase prazerosa da liberdade
inconsequente “vivendo dissolutamente”.
Sem vigilância seus
apetites carnais se apresentaram vorazmente. Sem freios, iniciou uma decadência
cada vez mais veloz.
O irmão mais velho o
acusou de imoralidade, este ponto não é confirmado na história.
Ø Logo precisou encarar a realidade,
seu trabalho como servo contratado
O prazer do pecado é real
e momentâneo, mas rapidamente passa, nosso aventureiro precisou encarar a
realidade.
Sua condição estava acima
apenas a de um escravo. Quando havia serviço recebia, quando não havia a fome
era sua companheira.
Ø O jovem chega ao fundo do poço, a
morte bate à porta
A fome causada
provavelmente pela seca trouxe dificuldades maiores ao jovem.
A Lei mosaica amaldiçoava
quem criava porcos, animais impuros cerimonialmente. Foi este o único serviço
que lhe sobrou.
Ele chegou ao ponto onde
morreria de fome se não fizesse algo rápido.
b.
O FILHO REBELDE RETORNA AO LAR
Lucas 15.17,18 “E, tornando em si, disse: Quantos empregados de meu
pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei,
e irei ter com meu pai...”.
Ø
Com suas desculpas já ensaiadas
“e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante
ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho”.
Ø Com as
consequências que ele mesmo escolhe
“Já não sou digno de ser
chamado teu filho”.
Ø
Com a solução já estabelecida
“faze-me como um dos teus empregados”.
c. A atitude do pai
A resposta do pai ao ver
seu filho ainda longe vindo ao seu encontro provavelmente surpreendeu quem
ouviu Jesus contar esta história.
A expectativa daquelas
pessoas é que a história continuasse com a passagem do jovem diante do olhar de
reprovação das pessoas da vila, e então:
Ø O
pai deixaria o rapaz chegar até ele, cair de joelhos e pedir perdão
Ø Na
melhor das expectativas o pai responderia com palavras de perdão e explicaria
ao filho como as coisas seriam a partir dali.
Ø O
filho então ficaria em casa um tempo para que seu arrependimento fosse
comprovado, permaneceria na casa do pai até levantar sustento suficiente para
viver de forma independente.
Mas veja o que acontece:
Ø O pai levantasse e apressasse em
direção a seu filho
Isso era algo que um
homem da idade e posição dele jamais faria, possivelmente ele teve que
arregaçar suas vestes, deixando parte de suas pernas de fora, algo considerado
vergonhoso naqueles época.
Ø Interrompe as explicações do filho
O filho começa a dizer o
que havia ensaiado mas o pai não lhe dá chances de explicar como ele acha que
deveria ser tratado.
“Pai,
pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. MAS
O PAI DISSE AOS SEUS SERVOS: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e
ponde-lhe um anel na mão, e sandálias nos pés”.
Inicialmente ele nem ao
menos se dirige ao filho, mas passa a ordenar aos seus servos o que devem fazer
com o menino.
Ø O pai reconcilia o filho consigo
mesmo
A atitude do pai fala
mais alto que qualquer palavra.
O pai lhe dá as melhores
e mais honradas vestimentas, reservadas para dias especiais
O anel simboliza sua
confiança no filho
Os sapatos demonstram sua
posição, ele não era um escravo, mas um homem livre
O bezerro cevado,
reservado para uma importante ocasião, agora seria usado para celebra o retorno
do filho.
APLICAÇÃO
1. Não se deixe iludir, você não tem
nada a oferecer a Deus, a restauração é obra exclusiva dele.
2. Toda restauração vem do Pai
CONCLUSÃO
A reação do pai chocou os
ouvintes desta parábola, na mente deles um pai jamais se rebaixaria tanto por
um filho rebelde.
O que falta ao homem é o
conhecimento de Deus e de sua graça, ELES NÃO ENTENDEM
A FILOSOFIA DE DEUS.
III)
O COMPORTAMENTO DO FILHO MAIS VELHO
A
REAÇÃO DO PAI
Lucas 15.25 a 28 “E o seu filho mais velho estava no campo; e quando
veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E,
chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E
ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o
recebeu são e salvo. MAS ELE SE INDIGNOU, E NÃO QUERIA ENTRAR”.
a. A reação do filho mais velho
O filho mais velho chega
do trabalho no campo quando os preparativos para a festa já haviam começado.
Elas faz perguntas aos
servos sobre o que está acontecendo sua fúria se acende quando ele descobre o
que eles estavam celebrando e que seu pai havia recebido seu irmão de braços
abertos.
Era costume em eventos
assim que o filho mais velho circulasse entre os convidados, como anfitrião da
festa, certificando-se que tudo estava bem.
Mesmo em desagrado com a
atitude do pai, ele poderia ter esperado a festa terminar para tratar de seu
descontentamento, de forma privada.
Mas o filho mais velho
toma atitudes muitíssimo desrespeitosas para com seu pai:
Ø Ele
se recusa a entrar em casa
Ø Não
aceita participar da festa
Ø Discute
com o pai em público
Observe os detalhes de
como o filho mais velho vai direto ao ataque verbal:
Ø Parece
não dirigir-se ao seu pai, pois nem faz menção deste fato.
Ø Nega
seu parentesco com o filho mais jovem, pois não o chama de irmão.
Ø Acusa
se irmão de manchar o nome do pai por meio de sua vida desregrada e imoral.
Ø Argumenta
que trabalhou para seu pai como um escravo, comportando-se como um escravo e
não como um filho.
Ø Vangloria-se
de jamais ter desobedecido as ordens do pai, apesar de ser exatamente isto que
fazia naquele momento.
Ø Acusa
seu pai de favoritismo, por este ter honrado o filho rebelde com o bezerro
cevado, enquanto ele jamais ganhou um cabrito sequer.
APLICAÇÃO
Ø Tudo
o que este filho diz se baseia na lei, no mérito e na recompensa, ao invés de
ser baseado no amor e na graça.
Ø Ele
deixa claro que não há diferença entre ele e seu irmão rebelde, ambos se
interessam apenas no que o pai possui.
Ø O
pecado de ambos inicia no mesmo ponto: jamais cultivaram um real relacionamento
com seu pai.
b. A atitude do pai
Novamente golpeado, agora
pelo filho mais velho, o pai tem exatamente a mesma reação.
Ø Buscou a restauração da comunhão
O relacionamento do filho
mais velho com o pai também não é bom, e assim como o pai restaurou a comunhão
com o filho mais moço ele também busca restaurar a comum hão com o filho mais
velho.
Ø Não reage como alguém que foi
ultrajado
Apesar de não ser chamado
de pai, chama o jovem de filho.
Demonstra que tudo que
ele possui é também de propriedade de seu filho
Reage com amor e ternura
aos ataques de fúria do próprio filho.
Ø Demonstra a justiça de sua atitude
Lucas 15.32 “Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu
irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se”.
É como se o pai dissesse: Eu apenas quero que você se alegre comigo.
CONCLUSÃO
Porque Jesus recebia
publicanos e pecadores?
Porque aos olhos de Deus
não há pessoas melhores ou piores, mas unicamente pecadores necessitados da
graça de Deus.
1. Quando você entende pela Palavra de
Deus a necessidade de se aproximar do Pai celestial:
Ø Jamais
elabore seus próprios métodos, não é você que decide como se aproximar do Pai,
é Ele que determina o modo.
Ø Não
se justifique, não ofereça ressarcimento, você não pode arcar com o preço.
Ø Entenda
que tudo nesta aproximação depende única e exclusivamente da graça e
misericórdia do Pai, não há em você mérito algum, apenas e somente verdadeiro
arrependimento.
2. Quando você vê outros se aproximando
do Pai
Ø Se
alegre juntamente com Ele
Ø Não
se recuse a ser um instrumento de restauração na vida de outros
Ø Jamais
debata com o Pai sobre merecimento, a base das ações dele são outras
3. Verifique se você realmente é alguém
em comunhão com o Pai
Ø Por
qual razão você o serve?
Ø O
Pai é realmente o seu maior tesouro?
Ø A
visão do Pai é a mesma que a sua?
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