Devocional 01\05\2022 O SALMO 5 E A SUBMISSÃO A DEUS EM MEIO AS AFLIÇÕES
TÍTULO
O SALMO 5 E A SUBMISSÃO A DEUS EM MEIO
AS AFLIÇÕES
TEXTO
O Salmo 5 nos revela
um contexto bem conhecido da vida do rei Davi, a constante ameaça de seus
inimigos a seu reinado e a sua vida. É a respeito destas ameaças internas que
este salmo trata. Este salmo inicia com uma forte característica dos escritos
de Davi: seu clamor a Deus diante das aflições “Dá ouvidos às minhas palavras, ó Senhor, atende à minha meditação. Atende à voz do meu clamor, Rei meu e
Deus meu, pois a ti orarei” (versos 1,2). A prática encorajada por Davi é de que o Senhor deve ser sempre
a primeira pessoa a quem buscamos auxílio em nossas aflições.
Este salmo nos permite contemplar o coração justo de Davi. Como rei ele
poderia responder aos ataques maldosos de seus inimigos da mesma forma
maliciosa e fraudulenta com que era atacado, mas Davi se nega a agir como seus
opositores. Sua razão é clara “Porque tu não és um Deus que
tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal” (verso 4). Davi
teme ao Senhor, ele não poderia responder aos ataques de seus inimigos usando
meios reprovados por Deus, pois reconhece “... odeias a todos os que
praticam a maldade... o Senhor aborrecerá
o homem sanguinário e fraudulento” (versos 5,6). Quão importante é que
reconheçamos este princípio praticado por Davi, reconhecendo que a mesma
instrução é dirigida a nós na epístola aos romanos “Não te deixes vencer do
mal, mas vence o mal com o bem” (Romanos 12.21). Que o homem segundo o
coração de Deus seja nosso exemplo de atitude diante de injustas adversidades.
É também importante
salientar a forma como Davi reconheceu o grande perigo a que estava exposto, uma
vez que seus inimigos agiam como se fossem leais amigos, usando da falsidade de
lábios contra ele “Porque não há retidão na boca deles; as
suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um
sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua” (verso 9). Davi, porém, reconhece que cabia a Deus, e não a ele, tratar
com tais pessoas “Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus
próprios conselhos; lança-os fora por causa da multidão de suas transgressões,
pois se rebelaram contra ti” (verso
10). Como filhos de Deus devemos nos revestir
desta verdade, pois somente o Senhor tem autoridade para julgar os homens, por
mais ímpios que estes sejam.
Devemos
refletir a respeito do modo com que Davi enfrentou a oposição de pessoas tão
próximas a ele: em momento nenhum ele usou as armas da malícia e da falsidade,
ele não permitiu que o mal vencesse, negando-se a agir de forma vingativa. A
razão para seu comportamento é definida nos últimos versos deste salmo, “Porém alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente,
porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome. Pois tu, Senhor,
abençoarás ao justo; circundá-lo-ás da tua benevolência como de um escudo” (versos 11,12). Para as pessoas deste mundo o
comportamento de Davi é qualificado como covardia, mas nós, filhos de Deus,
reconhecemos a atitude de Davi como submissão, que é a atitude que nosso Pai
celestial espera de nós.
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