Devocional 23\04\2022 O LEGADO DE BALAÃO
TÍTULO
O LEGADO DE BALAÃO
TEXTO
É
conhecido do bom leitor das Escrituras a pessoa e história de Balaão, um
adivinho pagão que vivia em Petor, na Mesopotâmia. O relato bíblico a respeito
de Balaão nos permite perceber que era ele possuidor de algum conhecimento a
respeito de Deus e que também temia o avanço dos israelitas em sua marcha sobre
a terra de Canaã, reconhecendo que nenhum povo seria capaz de lhes oferecer
resistência. É em meio a tais confrontos que a Bíblia nos relata a história de
Balaão, o que faremos bem em examinar pela luz das Escrituras.
Ao
ver-se ameaçado pelo avanço israelita, Balaque, rei de Moabe, firmou uma
aliança entre os amalequitas a fim de confrontar o povo de Deus, enviando
mensageiros a Balaão e dizendo-lhe “Vem, pois,
agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais poderoso é do que eu; talvez
o poderei ferir e lançar fora da terra; porque eu sei que, a quem tu abençoares
será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado”. Tendo sua proposta rejeitada, Balaque tornou a lhe enviar
uma comitiva ainda mais representativa, prometendo-lhe recompensas e honra.
Desta forma Balaão cede ao desejo de Balaque, deixando-o, porém, cônscio de que
falaria apenas aquilo que Deus lhe ordenasse. É durante este trajeto que Balaão
é salvo pelo incomum comportamento de sua jumenta, livrando-o de ser morto por
um anjo do Senhor. Ao encontrar Balaque, Balaão ordena que sejam preparados
sete altares, e, após receber de Deus a revelação a respeito de suas palavras,
acaba por proferir palavras de bençãos a nação de Israel, causando a ira de
Balaque “Que me fizeste? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis
que inteiramente os abençoaste”. Por duas vezes ainda
Balaque procurou que Balaão amaldiçoasse aos israelitas, mudando-lhe de lugar,
porém em ambas as vezes o Senhor lhe ordenou que abençoasse a Israel, de forma
que Balaque o despediu sem recompensa-lo. Antes de sua morte, Balaão usou de
sua astúcia a fim de instruir os amalequitas quanto a maneira pela qual
poderiam sobrepujar o povo de Deus, por meio de incita-los a prática da
imoralidade, como descrito no livro de Números “E ISRAEL deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos
moabitas. Elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu,
e inclinou-se aos seus deuses. Juntando-se, pois, Israel a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel”.
Encontramos no Novo Testamento diversas aplicações espirituais quanto ao
legado de Balaão, citado pelo apóstolo Pedro como um comerciante da religião, ao
reconhecer “o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o
prêmio da injustiça”. Também o Senhor Jesus, ao escrever a igreja em
Pérgamo, faz citação de Balaão revelando sua astúcia “Mas algumas poucas coisas
tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual
ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que
comessem dos sacrifícios da idolatria, e fornicassem” (Apocalipse 2.14). O
legado de Balaão nos adverte que, mesmo que um homem tenha algum conhecimento e
revelação da pessoa de Deus, a mistura entre suas convicções da verdade com
atos pagãos e de suas intenções nobres com atos vis fatalmente acabará por
destruí-lo.
Não mesclemos, pois, as coisas do Senhor com o maligno intento deste
mundo, isto sempre acabará mal.
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