Devocional 02\06\2022 O AMOR E A LEI

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O AMOR E A LEI

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O atento leitor das sagradas Escrituras encontra no capítulo 22 do evangelho segundo Mateus um dos mais conhecidos ensinos do Mestre, que nos diz “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”.

Esta foi a resposta do Mestre ao doutor da lei que intentou experimenta-lo perguntando-lhe sobre o grande mandamento da lei. Em sua visão legalista, aquele homem era incapaz de perceber que a lei estava literalmente pendurada em apenas um só mandamento, o do amor. O termo dependem significa literalmente pendurar, demonstrando sobre o que a lei estava alicerçada. Fugia a compreensão daqueles homens extremamente religiosos que o objetivo final dos mandamentos de Deus é a manifestação do amor, como bem o apóstolo Paulo escrever ao dizer que “o cumprimento da lei é o amor”. Por isso é importante notarmos como a questão da manifestação e padrão do amor foi sendo moldada por Deus em seu povo durante sua história.

O princípio ensinado aos judeus através da lei no que dizia respeito a atitude para com seu próximo era majoritariamente negativo, eles não deveriam fazer ao próximo o que não desejavam que fosse feito a eles. Por isso que ao tratar das relações humanas os dez mandamentos usavam uma conotação negativa Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”.

Quando Jesus iniciou seu ministério, Ele elevou este padrão aquilo que ficou conhecida como a lei áurea do amor, demonstrando o real objetivo do mandamento: devemos fazer ao próximo o que desejamos que ele faça a nós, como descrito por Jesus em Mateus capítulo 7 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas”.

Porém, não pensemos que este é o padrão máximo do amor, pois o Senhor Jesus Cristo elevou-o a um patamar que somente Ele poderia elevar. Em João capítulo 13 Ele nos diz Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis”. Eis aqui o padrão do amor que o Mestre nos chama a cumprir não simplesmente se abstendo de realizar algo que venha a prejudicar a outros, o que é bom; não somente fazendo pelos outros o que eu gostaria que estes fizessem a si, o que é ótimo; mas fazendo por outros aquilo que Jesus Cristo fez por eles, o que é sobremodo excelente.

Desta forma, reconhecemos que em Jesus Cristo não há limites a manifestação do amor de Deus, como bem nos ensina o apóstolo Paulo ao dizer “Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”.

 

 

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