Devocional 30\04\2022 O LEGADO DE EPAFRAS
TÍTULO
O LEGADO DE EPAFRAS
TEXTO
O atento leitor das
Escrituras encontrará entre as epístolas do Novo Testamento um grande número de
personagens exercendo uma condição coadjuvante em meio ao desenvolvimento da
igreja primitiva, o que não lhes torna menos valiosos quanto a importância de
suas vidas na propagação do evangelho. Entre estes tantos personagens
encontramos Epafras, a quem o apóstolo Paulo se refere em sua epístola aos Colossenses
e em sua carta a Filemon.
A primeira menção a
Epafras é encontrada no primeiro capítulo da carta de Paulo aos colossenses,
quando nos diz “Como aprendestes de Epafras, nosso
amado conservo, que para vós é um fiel ministro de Cristo, o qual nos declarou também o vosso amor
no Espírito”. Ao referir-se a Epafras como “nosso amado conservo” Paulo usa uma
palavra que literalmente significa um escravo-companheiro, usada pelo apóstolo
para referir-se a apenas uma outra pessoa além de Epafras, ao aplica-la também
a Tíquico. Esta expressão denota a completa dedicação de um homem a Cristo a
ponto de não possuir vontade própria a não ser a vontade de seu Senhor. Nesta
mesma passagem Paulo também se refere a Epafras usando a expressão “fiel ministro de Cristo”, usando a
palavra grega diáconos, que neste
contexto aplica-se a alguém que serve, uma referência ao ministério
evangelístico desenvolvido por Epafras. Muito provavelmente Epafras foi o
instrumento usado por Deus para que o evangelho fosse proclamado nas cidades
frígias de Colossos, Hierápolis e Laodicéia.
No quarto capítulo da
epístola aos colossenses voltamos a encontrar o apóstolo Paulo se referindo a
Epafras ao dizer “Saúda-vos Epafras, que é dos vossos,
servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis
firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus. Pois eu lhe dou testemunho de que tem
grande zelo por vós, e pelos que estão em Laodiceia, e pelos
que estão em Hierápolis”. Tal descrição nos leva a reconhecer o zelo
pastoral de Epafras pelas igrejas que ele ajudou a implantar, a ponto de ter
viajado ao encontro de Paulo enquanto este encontrava-se na prisão a fim de
informa-lo a respeito das dificuldades que havia em Colossos. É devido a esta
viagem que Paulo também se refere a Epafras em sua carta a Filemon, dizendo “Saúdam-te Epafras, meu companheiro de prisão por Cristo
Jesus”. É provável que Epafras
tenha preferido permanecer voluntariamente na companhia do apóstolo enquanto
este encontrava-se preso em Roma, o que demonstra de forma ainda mais evidente
o caráter piedoso de Epafras.
Porém, um fato que não
nos deve passar desapercebido encontra-se na referência contida no quarto
capítulo da carta aos colossenses, quando Paulo se refere a Epafras como aquele
que está “combatendo sempre por vós em orações”.
Enquanto encontrava-se voluntariamente preso com Paulo, o nobre Epafras
continuava a lembrar-se das amadas igrejas a quem servia, abençoando aos amados
irmãos em Colossos, Hierápolis e Laodiceia através de suas constantes orações
por eles, piedoso hábito que herdara mui provavelmente de seu pai da fé, que
orientava seus filhos os exortando a orar “... em
todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda
a perseverança e súplica por todos os santos” (Efésios 6.18).
Eis o legado de Epafras pertence a todos os salvos em Cristo que, em seu
zelo espiritual, levam adiante a obra do Senhor, independente de serem ou não
reconhecidos.
Comentários
Postar um comentário