Devocional 20\06\2022 A PENITÊNCIA NÃO É UM INSTRUMENTO DIVINO
TÍTULO
A PENITÊNCIA NÃO É UM INSTRUMENTO
DIVINO
TEXTO
Remonta a um passado
distante o pensamento humano de agradar seus falsos deuses por meio de
afligir-se fisicamente. De formas variadas, povos de todas as regiões da terra ainda
veem a penitência como meio de culto a divindades, e até mesmo o único e
verdadeiro Deus é buscado desta forma em religiões onde a Bíblia é um mero pretexto
a justificar suas práticas.
É possível encontrar aqueles
que demonstram razões piedosas para a prática da penitência, pensando que com
isto irão enfraquecer o poder do pecado em seu corpo. Outros acreditam que a
Bíblia nos ensina que é possível expurgar pecados por meio de alguma penitência
física a fim de alcançar o perdão de Deus; religiões demarcam períodos
específicos do ano onde a penitência é vista como um remédio eficaz no combate
a doenças espirituais como o orgulho, á gula e a avareza. Há muitos que veem na
penitencia uma forma de receber graça diante de problemas que enfrentam; outras
realizam romarias de penitência agradecendo por favores supostamente
alcançados.
É preciso esclarecer que mesmo
que seja praticada por diversas religiões e até denominações ditas cristãs, a
penitência não é uma doutrina bíblica e passou a ser praticada por grupos que
se denominam cristãos somente quinze séculos após o surgimento do cristianismo.
Infelizmente temos que reconhecer que resquícios destas práticas ainda podem
persistir na mente e no coração de muitos sinceros filhos de Deus devido ao
longo tempo em que permaneceram expostos a estes falsos ensinos antes de
conhecerem a Cristo. Devido a inclinação de nosso coração pecaminoso, que
sempre busca algum mérito pelo qual possa se gloriar, seitas tem encorajado
este falso ensino como algo aceito por Deus, utilizando preceitos bíblicos como
o jejum de forma prejudicial a saúde e contrária ao ensino do Senhor Jesus.
Olhando para a sã
doutrina bíblica, vemos que em parte alguma das Escrituras a penitência é sequer
sugerida como algo capaz de perdoar pecados, fato que apenas o sangue do
Salvador o pode fazer, como nos diz o apóstolo Pedro “Sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata
ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição
recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro imaculado e incontaminado”.
Da mesm forma não é bíblico o ensino que colaboramos minimamente no
perdão de nossos pecados, uma vez que a Bíblia nos ensina a eficácia completa
do sacrifício de Jesus na cruz. Usar o jejum bíblico como meio de penitência é
algo reprovado pelo próprio Senhor Jesus em seu ensinamento “E, quando
jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram
os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Tu, porém, quando
jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens
que jejuas”. A tentativa de agradar a Deus através de sacrifícios físicos
é uma desonra a seu santo nome.
Que entendamos que há
apenas um único sacrifício de nossa parte que agrada a Deus, descrito no
capítulo 13 da carta aos hebreus “Portanto, ofereçamos sempre por
ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu
nome. E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais
sacrifícios Deus se agrada”.
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