Devocional 09\05\2022 O CARÁTER DE DEUS E A CERTEZA DA SALVAÇÃO
TÍTULO
O CARÁTER DE DEUS E A CERTEZA DA SALVAÇÃO
TEXTO
O
atento leitor das sagradas Escrituras encontra no décimo quinto capítulo do
livro de Gênesis a narrativa de um acontecimento singular na vida do patriarca
Abraão. Duvidoso quanto ao cumprimento da promessa de um herdeiro feito a ele
pelo Senhor, Abraão deseja que Deus demonstre de forma visível sua disposição
em abençoa-lo, ao que o Senhor lhe atende lançando mão de uma forma humana
conhecida por Abraão pela qual uma aliança seria estabelecida entre eles “Toma-me uma bezerra de três anos, e uma cabra de
três anos, e um carneiro de três anos, uma rola e um pombinho. E trouxe-lhe
todos estes, e partiu-os pelo meio, e pôs cada parte deles em frente da outra”.
Deus e Abraão deviam passar juntos entre estes
animais a fim de reconhecer a aliança entre eles, sob pena de morte aquele que
a descumprisse, porém, no momento de concretizar o acordo, o senhor
simbolicamente passou sozinho entre aquelas partes “E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis
um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades. Naquele
mesmo dia fez o Senhor uma
aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência tenho dado esta terra, desde o
rio do Egito até ao grande rio Eufrates”.
É
importante percebermos como uma das verdades mais básicas e
atacadas do evangelho é retratada nesta passagem. Ao passar sozinho por entre aqueles animais sacrificados, o
Senhor revelou a Abraão que o pacto firmado entre eles era de natureza
incondicional, ou seja, dependia apenas de Deus, e não de Abrãao, para que
fosse cumprida. Deus daria a terra prometida a Abrão e sua descendência
independente de méritos ou obras daqueles homens.
Da mesma
forma, vemos também na cruz o mesmo princípio usado por Deus em seu pacto com
Abraão. A salvação não é uma conquista dividida entre o homem e Deus, sua
garantia está no fato que ela foi completamente realizada por Jesus Cristo, sem
necessidade de ser complementada pelos esforços humanos. Sabendo de nossa
incapacidade, o Senhor Jesus Cristo enfrentou o julgamento da cruz de forma
solitária em nosso lugar, cumprindo totalmente as exigências de Deus em relação
ao perdão de nossos pecados e efetuando o pagamento total de nossa dívida, como
nos revela o autor da epístola aos hebreus “...
mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma
eterna redenção”. Sua ressurreição foi a confirmação de que Deus estava
satisfeito com o pagamento efetuado por Jesus Cristo, como revelado pelo
apóstolo Paulo aos salvos em Roma “O
qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação”.
Todo
aquele que crê em Jesus Cristo como seu salvador descansa na certeza de sua
salvação, que nunca será perdida, nem pode ser retirada e muito mesmo anulada,
uma vez que depende única e exclusivamente de Jesus Cristo, pois é uma promessa
incondicional da parte de Deus. “Porque
estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados,
nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a
profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que
está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8.38,30).
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