Devocional 06\06\2022 A SEGURANÇA DO SALVO
TÍTULO
A SEGURANÇA DO SALVO
TEXTO
É bem conhecido dos atentos leitores das
sagradas Escrituras o clamor registrado pelo salmista no salmo 42 “ASSIM como o cervo brama
pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha
alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a
face de Deus? As minhas lágrimas
servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente:
Onde está o teu Deus? Quando me
lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a
multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a
multidão que festejava. Por que
estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua
face”.
Os
versos deste salmo refletem bem como é a alma humana e seu constante conflito
de emoções. As lágrimas amargas e constantes se misturam a voz de alegria e
louvor, enquanto o abatimento extremo da alma disputa espaço com os louvores
pela salvação. A semelhança das vagas no mar, o coração humano transita em
grande velocidade entre a certeza exultante e as dúvidas do abismo. Faremos bem
em entender que há uma singela diferença entre a real e inabalável segurança do
salvo em Cristo Jesus e a sensação de segurança provada pelos frágeis vasos de
barro.
A segurança do salvo é compreendida e aceita tendo por base a
investigação da sã doutrina bíblica. Saber das cláusulas que asseguram sua
segurança é trabalho ao qual todo cristão deve investir tempo e seriedade.
Paulo nos diz que o ministério pastoral deve labutar por formar na mente do
salvo uma sólida camada de conhecimento “Até
que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a
homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos
mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo
engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”. Compreender que sua segurança da salvação está
firmemente amarrada ao caráter de Deus e não sofre variação servirá de grande
valia ao salvo em sua caminhada.
Porém outro tanto devemos dizer a respeito da sensação de segurança
provada por este mesmo cristão. Os percalços da jornada poderão produzir no
salvo uma sensação de desamparo tal que o mesmo venha a duvidar do cuidado zelo
de Deus por ele. O evangelho de Mateus capítulo 8 nos narra o pânico vivido
pelos discípulos do Mestre em meio a uma tempestade no mar. Seu desespero os
levou a clamar “Senhor, salva-nos!
Que perecemos”. O bom Mestre lhes censura
por seu descontrole “Por que temeis, homens de pequena fé?
Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança”.
A expressão usada por Jesus significa “Homens de pouca experiência com Deus”.
Mesmo que estivessem plenamente seguros devido a presença de Deus entre eles,
ainda precisavam a prender a pratica-la em meio as tempestades. A sensação de
segurança do salvo é fruto da sua íntima comunhão com Deus e pode variar de
acordo com sua experiência.
Fará bem o cristão em dedicar-se ao estudo profundo da doutrina bíblica
enquanto se dedica a prática singela da
comunhão com o majestoso Deus.
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