Devocional 12\04\2022 A DIFERENÇA ENTRE FÉ E INCREDULIDADE
TÍTULO
A DIFERENÇA ENTRE FÉ E INCREDULIDADE
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontra no décimo capítulo do evangelho segundo Marcos a
narrativa do encontro entre o cego Bartimeu e o Senhor Jesus Cristo, como nos
diz o evangelista “E, saindo
ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego,
filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando”.
Sabemos muito pouco sobre o homem Bartimeu, além de que era cego, filho de
Timeu e mendigava junto ao caminho de Jericó. Possivelmente Bartimeu já havia
ouvido rumores a respeito de Jesus de Nazaré. Porém naquele dia uma
oportunidade ímpar se apresentava, o grande profeta passaria ali. Bartimeu,
ouvindo o ruído da grande multidão, clama com todas as suas forças “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim”.
E mesmo repreendido pela multidão incomodada, Bartimeu persistiu em chamar
aquele que julga ser capaz de minorar suas dores. Em
um instante o cego percebe que a grande multidão se deteve, algo aconteceu.
Então, alguém se aproxima e diz “Tem bom
ânimo, levanta-te, ele te chama”. Eis
aqui a grande lição desta narrativa.
Inicialmente é bom que
entendamos que seria aceitável que, ao ouvir o clamor de um cego, Jesus se
detivesse e fosse ao encontro dele, atendendo seu rogo. Mas não é isso que
acontece. Jesus quer que o cego venha ao encontro dele. Observe o significado
disto para Bartimeu. Primeiramente, ele teria que deixar seu lugar de segurança
e aventurar-se em meio à multidão. Possivelmente ao voltar, seu lugar já
estaria ocupado por outro mendigo, o que significava menos esmolas, menos
alimento, mais sofrimento. É
importante que notemos também que Bartimeu teve que deixar para trás sua pesada
capa, item necessário e disputado nas frias noites no deserto e, possivelmente,
seu único bem terreno. Talvez nem bem tivesse levantado, a capa já teria um
novo dono. Ainda, ao ser levado para o meio da multidão,
Bartimeu perdeu seu lugar seguro, pois quem se importaria com um cego
quando a turba voltasse a se mover? As chances de Bartimeu ser deixado a
própria sorte após encontrar-se com Jesus eram reais, assim como a
possibilidade de ser derrubado e pisoteado pela multidão.
O que significou para
Bartimeu o ter-se levantado e ido ao encontro de Jesus, buscando aquilo que
somente ele era capaz de lhe conceder? Exatamente o mesmo que significou para
nós o chamado para crermos nele como nosso salvador. Pela fé deixamos nossa
segurança religiosa, os bens terrenos perderam seu encanto e, cientes do preço
a ser pago, não hesitamos em atender ao chamado do Salvador. Bartimeu não foi
decepcionado ao encontrar-se com Jesus, que lhe indagou “Que queres que te faça? E o cego
lhe disse: Mestre, que eu tenha vista”. A
resposta amorosa e cheia de poder de Jesus concedeu a Bartimeu não somente a
tão almejada capacidade de ver, mas, principalmente, um salvador a seguir “E Jesus
lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho”.
O encontro entre Jesus e Bartimeu nos ensina que
enquanto a incredulidade nos escraviza, a fé em Jesus nos liberta. Despertar a fé foi o meio, a
incredulidade a força a ser vencida, o poder de Jesus a causa de tudo isso.
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