Devocional 03\06\2022 O CARÁTER PERTURBADOR DO EVANGELHO
TÍTULO
O CARÁTER PERTURBADOR DO EVANGELHO
TEXTO
Encontramos no capítulo
10 de Mateus o Mestre nomeando seus doze apóstolos e dizendo-lhes “Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim
trazer paz, mas espada; porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai,
e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra, e assim os inimigos do
homem serão os seus familiares”. Ao lhes incumbir de anunciar
que o reino dos céus estava as portas, Jesus lhes concedeu sinais que
testificavam de sua missão e os instruiu a respeito de como deviam proceder
durante seu ministério. As instruções de Jesus nos permitem perceber a
profundidade e seriedade da aplicação do evangelho a vida daquelas pessoas.
Ao advertir seus enviados
que não se enganassem a respeito da natureza de seu ministério, e que a
aceitação da mensagem geraria divisão e inimizade entre pessoas de uma mesma
família, Jesus lhes deixou claro o caráter perturbador do evangelho.
Acostumados ao comodismo e ócio da religião, contemplariam agora a reação do
reino das trevas a manifestação da luz, e de como a natureza caída dos homens
imediatamente se levantaria contra qualquer minímo raio da luz de Deus que
denúncie sua miserável condição. O ódio inicialmente dirigido ao Mestre, seria
também apontado a todo aquele que ousase manifestar sua aceitação ao reino de
Deus. A presença de Deus entre os homens trouxe perturbação ao reino da trevas,
o oferecimento gracioso das boas novas perturbou homens e mulheres pecadores ao
ponto de renegarem sua própria prole.
Que jamais nenhum de nós
se escandalize diante de tal circunstância, uma vez que bem nos advertiu o
Mestre “Bem-aventurados
sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal
contra vós por minha causa”. Ser injuriado pela própria família por causa
do Salvador, serve como testemunho que o puro e verdadeiro evangelho está
presente concedendo aos salvos a paz que excede todo entendimento e perturbando
a mente e o coração daqueles que violentamente o rejeitam. Poe isso, é
importante nos atentarmos para aquilo que Pedro nos diz “Mas
alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que
também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de
Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós
repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas
quanto a vós, é glorificado”.
Aquele que sofre tais perseguições também deve se regozijar por saber que
trilha o caminho do céu.
Tal perturbação deve
servir também para que avaliemos se a igreja está cumprindo seu papel de sal e
luz nesta terra. Se não encontramos em nosso ministério a oposição do reino das
trevas nem a contrariedade dos pecadores, há algo de estranho em nossa proclamação.
A tentativa de equilíbrio e aceitação por parte dos pecadores tem levado muitos
ministérios a condição reprovada pelo próprio Senhor Jesus em Apocalipse
capítulo 3 “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente;
quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem
quente, vomitar-te-ei da minha boca”. Longe de nós o aceitar tal
condição, como bem nos exorta o apóstolo Paulo ao dizer “Porque
noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai
como filhos da luz”.
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