Devocional 16\05\2022 O DEUS VERDADEIRO E OS AMULETOS DOS HOMENS
TÍTULO
O DEUS VERDADEIRO E OS AMULETOS DOS
HOMENS
TEXTO
O
atento leitor das sagradas Escrituras encontra no quinto capítulo do primeiro
livro do profeta Samuel a narrativa da tomada da arca do Senhor pelos filisteus
na batalha em Ebenézer. Tendo tomado a arca, os filisteus a depositaram na casa
de seu deus Dagom, o que acabou por causar-lhes um fato estupendo “Levantando-se, porém, de madrugada no dia seguinte,
os de Asdode, eis que Dagom estava caído com o rosto em terra,
diante da arca do Senhor; e
tomaram a Dagom, e tornaram a pô-lo no seu lugar”. No dia seguinte a mesma cena se repetiu, tendo os
filisteus encontrado a imagem de Dagom com a cabeça e as palmas das mãos
cortadas.
O fato que levou a este
incidente são as duas batalhas travadas entre israelitas e filisteus. Na
primeira batalha Israel foi vencido, perdendo quatro mil homens. Buscando
explicações para a derrota, alguém sugeriu que o motivo foi que a Arca do
Senhor não estava entre eles. A Arca foi buscada em Siló, porém isso não
impediu uma nova derrota, onde Israel perdeu trinta mil homens, fato que nos
deve ensinar uma preciosa lição.
Primeiro, as coisas de
Deus não nos foram dadas a fim de serem usadas como amuletos, a fim de
determinar nosso sucesso ou fracasso. Ao raciocinar que era a falta da arca e
não a presença de seus pecados que determinaria a vitória ou derrota contra os
filisteus, o povo de Deus agiu da mesma forma que os povos pagãos. Da mesma
forma é preciso que entendamos que não há nada místico no cristianismo. O que
determina nosso sucesso ou fracasso diante dos inimigos é a comunhão íntima com
o próprio Deus. De que adianta ter a Palavra de Deus aberta em sua sala de
estar e não ter o coração aberto para o Deus da Palavra? O apóstolo João nos
diz “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais
comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo”
(1 João 1.3).
É preciso dizer também
que este comportamento místico do povo de Deus levou seus inimigos a entenderem
que Jeová era semelhante a Dagom, um deus meio homem, meio peixe. Ao levarem a
arca do Senhor a casa de Dagom, ao invés de destruí-la, os filisteus estavam
acrescentando a sua coleção de amuletos mais um item. Foi o poder de Deus, e não
o testemunho de seu santo povo, que ensinou aos filisteus quão grande erro
cometeram.
Fica-nos
uma lição: se um mero símbolo da presença do Senhor é capaz de realizar tal
feito, quiçá o que a presença de Deus pelo seu Espírito nos salvos pode fazer
neste mundo de trevas. Que sejamos definitivamente libertos de todo misticismo
e que nossos olhos sejam abertos para o inigualável privilégio dado aos filhos
de Deus e assim descrito pelo apóstolo Paulo em sua carta aos crentes
colossenses “O mistério que esteve oculto desde todos os
séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; Aos
quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério
entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória”.
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