Devocional 03\05\2022 NÃO JULGUE
TÍTULO
NÃO JULGUE
TEXTO
O
atento leitor das sagradas Escrituras conhece a instrução de Jesus a seus
discípulos registrada no sétimo capítulo do evangelho de João “Não
julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”. O Senhor Jesus proferiu está
sentença em Jerusalém, durante a festa dos tabernáculos, festa que possuía um
significado histórico, relembrando ao povo judeu a peregrinação pelo deserto
enquanto eram sustentados pela providência de Deus. Era uma celebração de
regozijo e gratidão a Deus.
Durante o período desta
festa o povo habitava em frágeis cabanas de palha, a fim de lembrar de sua
própria fragilidade e total dependência. Naquele ano em especial o povo
dividia-se a respeito de um profeta que havia surgido na Galiléia, Jesus de
Nazaré. De alguns se ouvia que era ele um bom homem, de outros que era um
enganador. De forma geral os judeus estavam surpresos, pois Jesus demonstrava
grande sabedoria, sem nunca ter recebido instrução de parte dos mestres
judaicos. Jesus havia curado um homem em um dia de sábado, e isso causava
grande indignação por parte dos líderes religiosos. O argumento de Jesus era de
que um homem podia ser circuncidado no sábado sem quebrar a lei, mas ele era
julgado e repreendido por ter feito, em um sábado, o bem a um homem.
O julgamento daqueles
líderes judaicos sobre Jesus se baseava em uma escala de valores própria: não
fora instruído nas escolas judaicas, vinha de uma região sem tradição de
revelar profetas, era um camponês pobre e não buscava a fama tão almejada por eles.
Eles julgavam a aparência de Jesus, e não seus atos de justiça, que eram
abundantes. Em uma festa dedicada a gratidão e reconhecimento da bondade de
Deus, eles se ocupavam em julgar o próprio Deus, presente entre eles.
Perceba como muitos
também em nossos dias acabam por cair em tão terrível engano.
Enquanto deviam ocupar suas
mentes e corações em demonstrar gratidão a Deus diante de sua providência,
muitos desperdiçam tempo e oportunidades julgando e desprezando pessoas que não
se enquadram em seus padrões, que não concordam com seu posicionamento político
ou simplesmente não estão à altura de sua pobre ambição.
Períodos de lutas e
incertezas expõem nossa humilde fragilidade, tal qual as cabanas usadas pelos
judeus na festa dos tabernáculos, de forma que, muitos que se consideravam
saudáveis e imbatíveis tombaram pela ação de um vírus invisível. Outros que
confiavam em seus abundantes recursos, se viram desamparados diante da morte
física. Nem a ciência, nem a política nem a riqueza foram páreo para um
minúsculo vírus. E mesmo diante de flagrante fragilidade, o ser humano não
perdeu o hábito de julgar e condenar uns aos outros.
Você deseja ser um raio
de luz em meio as trevas que reinam ao seu redor? Tenha um coração grato pela
providência de Deus, reconheça que, mesmo sendo tão frágil, Deus o tem
preservado. Em uma festa baseada nestes dois princípios, os judeus preferiram
julgar e condenar o próprio Deus, não façamos o mesmo, antes relembremos o
ensino de Paulo aos coríntios, quando diz “Portanto, nada julgueis antes do tempo, até
que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas
das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá
de Deus o louvor”.
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